[caption id="attachment_103183" align="alignright" width="290" caption="Militantes e servidores da Câmara acompanharam a sessão de outro plenário"][fotografo]Mário Coelho/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]A Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH) suspendeu a votação para a escolha do presidente do órgão depois que o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi indicado como candidato para o cargo. Ele tinha os dez votos necessários para ser eleito, segundo apurou o Congresso em Foco, apesar dos gritos e protestos de vários militantes ligados a entidades de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) que lotavam o plenário e das ponderações de parlamentares ligados à área.
Porém, opositores de Feliciano – para quem negros são “amaldiçoados de Noé” e “sentimentos homoafetivos levam a ódio, crime e rejeição” – levantaram diversas questões de ordem, como aquela que o impedia de presidir a comissão por ferir o regimento do colegiado pelas declarações consideradas racistas e homofóbicas por parlamentares como Erika Kokay (PT-DF) e Jean Wyllys (Psol-RJ). Com os questionamentos, o presidente da comissão, Domingos Dutra (PT-MA), suspendeu a votação.
Ao fundo da comissão, vários jovens e o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transsexuais, Toni Reis, empunhavam cartazes e balões, além de gritar e apitar a todo momento. “Retrocesso não”, “Monstro”, “Feliciano racista”, “Homofobia não”, “Olha a ditadura teocrática” eram algumas das palavras de ordem. Irritados, alguns deputados propuseram que a segurança expulsasse os militantes, já que eles não estavam trajados de acordo com o regimento da Casa. Dutra impediu a ação dos seguranças. Para acomodar todos os militantes, foi preciso abrir uma sala ao lado do plenário da comissão. Veja o vídeo abaixo: