Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
6/12/2011 | Atualizado às 22:06
[/caption]
A venda de bebidas alcoólicas vai estar liberada nos estádios durante os jogos da Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Esse é um dos pontos do relatório final apresentado há pouco, pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), à comissão especial instalada para a deliberação do Projeto de Lei 2330/2011 (íntegra), que versa sobre as normas negociadas com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para a realização do evento e institui a Lei Geral da Copa. Embora o texto conclusivo tenha sido discutido hoje (terça, 6), a votação ficou para a próxima semana, como anunciou o presidente do colegiado, Renan Filho (PMDB-AL), em razão do pedido coletivo de vista feito por diversos membros da comissão.
Leia mais sobre a Copa do Mundo de 2014
A despeito da liberação das bebidas alcoólicas, o relator manteve a imposição para que a venda seja restrita aos estabelecimentos comerciais credenciados e em funcionamento nos estádios-sedes da Copa. Caso seja aprovada na comissão e em plenário, e mantida em igual tramitação no Senado, a sugestão de Cândido implicará alteração no Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03), que atualmente veta comercialização, consumo ou distribuição de álcool em eventos desportivos.
Confira a íntegra do parecer de Vicente Cândido aprovado na comissão especial
O relator disse ter conseguido negociar junto à Fifa, detentora de todos os direitos sobre a Copa do Mundo, a venda de ingressos pela metade do preço - a chamada "meia-entrada", assegurada na legislação brasileira a estudantes e idosos, por exemplo. De acordo com o deputado, a entidade concordou em destinar a venda de "ao menos" 300 mil ingressos pela metade do preço para estudantes, idosos (60 anos ou mais), indígenas - pleito do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, junto ao Congresso - e beneficiários dos programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família.
Essas entradas especiais, garante Vicente Cândido, não serão vendidas por mais de R$ 50. No entanto, graças à imprecisão do termo "hiposuficiente", que define pessoas com limitação de algum tipo, não está decidido se o benefício será estendido aos portadores de necessidades especiais. Ao todo, cerca de 1 milhão de ingressos ficarão à disposição do público brasileiro, dos 3 milhões anunciados para a venda pela federação.
Leia também:
Brasil deve se impor à Fifa na Copa, diz Jennings
Lei Geral da Copa enfraquece legislação brasileira
Lei Geral da Copa tira responsabilidades da Fifa
Guga: Copa do Mundo é queda-de-braço entre Brasil e Fifa
Romário-e-randolfe-enfrentarao-na-bola-fifa-e-cbf/" target="_blank">Romário e Randolfe enfrentarão na bola Fifa e CBF
Ingressos já vendidos
Na discussão, o deputado Romário (PSB-RJ) questionou a possibilidade de venda por preços mais baixos, a partir de uma negociação com a Fifa. Segundo Romário, a Fifa já vendeu a maior parte dos ingressos. "O relatório do senhor diz que a Fifa é detentora dos ingressos. Na verdade, não é mais - todos já compraram os ingressos da Fifa: 80% foram comprados por dois mexicanos, 5% foram comprados pelo sobrinho do Blatter [Joseph Blatter, presidente da Fifa], outros 5% por um japonês, e 10% por uma empresa chamada Match, que inclusive é parceira do COI [Comitê Olímpico Internacional]", questionou Romário, integrante da comissão especial, dirigindo-se ao relator e querendo saber se há definição quanto ao número exato de ingressos que será posto à venda para o torcedor brasileiro.
"Tem um número aproximado, por enquanto, de 1 milhão de ingressos vendidos no Brasil, que é a série histórica das Copas do Mundo - um terço vendido no país-sede. A Fifa vai confirmar isso no decorrer [sic] do calendário. Nós defendemos, em 30 de novembro, uma carta da Fifa, assinada pelo Jerome [Walck, secretário-geral da entidade, de que pelo menos 300 mil ingressos estarão garantidos]. Na conversa com ele, nas reuniões, ele acha que pode chegar a 400 mil", respondeu o petista.
A incerteza quanto aos deficientes levou a outro questionamento de Romário. Crítico do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, e da "elitização" da Copa do Mundo do Brasil, o ex-craque quis saber - e até apresentou emenda nesse sentido - se os deficientes também terão direito à diferenciação no valor dos ingressos.
"Em relação aos deficientes, qual o problema que nós defrontamos? Os estádios estão sendo feito com espaços preferenciais para os deficientes. Esses espaços estão dentro de outras categorias de ingressos. Não dá para ter um grupo 4 de ingressos que são [destinados] a locais mais populares", esclareceu Vicente, referindo-se à categoria de ingressos com valor mais caro, que leva ao conflito entre preços e setores das arenas. Para resolver a questão, acrescentou o relator, será feito um convênio entre a Fifa e o governo federal, "para definir os ingressos e garantir os espaços para os portadores de deficiência". "Então, tem que sair do grupo 4. Poderá ser qualquer outro grupo, independente do preço. E a Fifa tem esse compromisso de atender [à demanda]", explicou o parlamentar paulista.
Ainda segundo o parecer em análise, a liberação da venda de bebidas alcoólicas não ficará restrita à Copa do Mundo. Segundo o deputado, a possibilidade deveria ser garantida para as demais competições de futebol, desde que haja a devida alteração legal no Estatuto do Torcedor.Temas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
Atualização Fiscal
Câmara aprova projeto que atualiza valores de bens no Imposto de Renda