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Relações entre governo e base: a síndrome do copo

5/11/2011
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Virou clichê, mas a imagem aqui é útil. Sabe a história do copo com água até a metade, que para uns está meio cheio e para outros meio vazio? É exatamente o que se pode dizer dos resultados da pesquisa numa questão bastante sensível: as relações entre Dilma e sua base no Congresso. Segundo 19% dos parlamentares governistas, “o governo não tem atendido às demandas da base”. O percentual é superior aos 13% para os quais a base tem sido plenamente atendida. Que há um problema para administrar a base, portanto, nenhuma dúvida. A questão é determinar o tamanho do problema. O maior número de respostas ficou na “coluna do meio”: 35% dos governistas reconhecem o esforço do governo para gerenciar a questão “da melhor forma possível” (13% dos entrevistados) ou dizem que o governo “está com dificuldade” para atender às demandas da base (22% dos respondentes). Isso torna os resultados finais menos desfavoráveis para o governo, que, reconhecidamente, tem de lidar com uma base heterogênea, gulosa e  habituada a simular crises para negociar seus pleitos (nomeações, obras federais etc.). De qualquer maneira, esteja o copo meio cheio ou meio vazio, seja por ter aliados gulosos demais, seja por lhe faltar habilidade política, o governo Dilma tem aí, indiscutivelmente, uma fonte potencial de problemas. Bem mais preocupante, diga-se, do que a diminuta e dividida oposição que ele hoje enfrenta.
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