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Congresso em Foco
17/2/2011 6:27
Mário Coelho
Os dois deputados do PT que votaram a favor do salário mínimo de R$ 560, contra a orientação do governo e do partido, devem sofrer punições dentro da bancada. De acordo com o líder petista na Câmara, Paulo Teixeira (SP), haverá "repercussões" contra Eudes Xavier (PT-CE) e Francisco Praciano (PT-AM). "A situação dos deputados terá repercussão. A bancada vai discutir qual mecanismo será adotado", disse Teixeira.
Ontem (16), os deputados votaram primeiro no projeto de lei com o reajuste de R$ 545 proposto pelo governo. Em votação simbólica, a matéria foi aprovada. Depois, foram analisadas as emendas destacadas pelos partidos de oposição. Na segunda, que aumentava o piso para R$ 560, apresentada pelo DEM, os dois petistas votaram a favor. "A bancada foi numa direção e eles em outra", afirmou o líder, que não quis dizer que tipo de punições eles podem sofrer.
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), os dois cometeram um "equívoco grave". "Eles já devem estar com um problema de consciência por terem votado desse jeito", disse. Apesar de criticar a postura dos petistas, Vaccarezza defendeu que qualquer tipo de punição deverá partir do partido, não do governo. "Essa é uma discussão que o partido deve fazer, não o governo", comentou.
Segundo Vaccarezza, as dissências entre governistas foram vistas como "residuais". No entendimento dele, não houve uma articulação dentro da base aliada para derrubar o valor do salário mínimo proposto pelo Executivo. "Não vamos tratar dissidência residual como se houvesse articulação. O governo não precisa se preocupar com traição", afirmou, ressaltando a postura de partidos da base como PMDB, PSB, PCdoB e PMN, que votaram em peso nos R$ 545.
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Dos 85 deputados petistas nesta legislatura, 78 compareceram à votação que definiu o valor do mínimo. De acordo com Teixeira, quatro não compareceram por estarem em missões internacionais da Câmara. Um está de licença médica por cirurgia e outros dois faltaram sem explicações.
Insatisfação
Teixeira relatou que os líderes da base demonstraram insatisfação com a postura do PDT na discussão do mínimo. O partido chegou a apresentar uma emenda para que o mínimo fosse de R$ 560. Ela depois foi abandonada por conta da retirada de assinaturas de parlamentares do DEM e do PSDB. Além disso, o principal defensor do valor maior era do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical.
"Partidos da base estão descontentes com o PDT", disse Teixeira, que não disse quais líderes estavam descontentes com a atuação pedetista na discussão do mínimo. "O PDT errou na sua estratégia. Nós queremos a unidade da base", completou o líder do PT.
Questionado sobre a atuação do PDT, Vaccarezza disse que não sabe quem são os líderes descontentes. Ele procurou, ao invés de criticar os pedetistas, elogiar o partido. "Todo mundo estava anunciando que o PDT seria o problema. O PDT não criou muita dificuldade no debate", completou o líder do governo.
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