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Simon diz que Exército vetou autópsia em Jango

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13/12/2013 | Atualizado 14/12/2013 às 10:05

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[caption id="attachment_139329" align="alignleft" width="285" caption="Restos mortais do ex-presidente foram recebidos com honras militares em novembro em Brasília"][fotografo]Marcello Casal Jr./ABr[/fotografo][/caption]Uma declaração do senador Pedro Simon (PMDB-RS) ao jornal argentino Página 12 põe sob suspeita a atuação do Exército diante da morte do ex-presidente João Goulart, cujos restos mortais estão sendo exumados para apurar se ele morreu envenenado. O senador revelou, após 37 anos, que pediu ao então comandante do III Exército, general Fernando Belfort Bethlem, que autorizasse a realização de uma autópsia no cadáver de Jango, em 6 de dezembro de 1976, dia em que o ex-presidente morreu na cidade argentina de Mercedes. "O general Bethlem recebeu meu pedido de autópsia e o recusou sem me dar explicações. Hoje, depois de tantos anos, me causa uma grande suspeita sobre como morreu Jango, se será verdade que o envenenaram", declarou o senador. Oficialmente, ele morreu em decorrência de um infarto. Na época, Pedro Simon era deputado estadual e presidente do MDB no Rio Grande do Sul, estado natal de Jango. Em entrevista ao jornalista Darío Pignotti, Simon relata que a conversa com o general ocorreu no QG do III Exército, em Porto Alegre. Segundo ele, o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães também ouviu a mesma recusa de outra autoridade do governo Ernesto Geisel. "A memória de Simon é um patrimônio inestimável para remontar a amnésia brasileira, até hoje defendida por generais e almirantes, amparados na lei de autoanistia, sancionada pelo ditador João Baptista Figueiredo em 1979", destaca o jornal de Buenos Aires. Veja a íntegra da reportagem da Página 12 (em espanhol) O general Bethlem, que morreu aos 87 anos em 2001, foi um dos signatários do manifesto em 1977 em que defendia a "linha dura" do regime militar. O episódio resultou na queda do então ministro do Exército, Sílvio Frota, após embate com o presidente Geisel. Apesar de ter assinado o manifesto, Bethlem acabou assumindo a pasta no lugar de Frota. Foi ministro até o final do governo Geisel, em 1979. Segundo o jornal, a indicação para o cargo poderia ser um "prêmio" por seu desempenho, ao negar a autópsia. Dois laboratórios estrangeiros, mantidos sob sigilo, examinam os restos mortais do ex-presidente, deposto do cargo pelo golpe militar de 1964. Há suspeita de que ele tenha sido envenenado, em um plano articulado pela chamada Operação Condor, tocada em conjunto pelos governos militares de Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Argentina e Chile. Comoção popular Na semana passada, Simon discursou em São Borja (RS) no segundo enterro de Jango, repetindo o gesto que fizera em 1976, no primeiro velório. O senador lembrou o clima de comoção de 37 anos atrás e como a figura de João Goulart era repudiada pelos militares. "Eles não queriam que voltasse nem morto. Jango era querido pelo povo, uma multidão acompanhou seu caixão quando chegou a São Borja. A multidão se amontoou, baixou o caixão do carro funerário e o levou para a igreja, desafiando aos militares que queriam enterrá-lo logo em seguida. O povo não parecia ter medo", relatou o peemedebista. Indícios de crime O senador, porém, não se arrisca a dizer que João Goulart foi assassinado. "Sinceramente, não tenho como justificar que o envenenamento ocorreu. Isso só se saberá cientificamente. Mas muitas coisas estranhas ocorreram em 1976. Coisas que, vistas agora, têm um sentido: como as estranhas mortes de Jango e do presidente Juscelino Kubitschek", declarou. A reportagem diz que demonstrar cabalmente, em um laboratório, que Jango foi assassinado é pouco provável, mas não impossível, devido ao estado de degradação dos restos mortais. "Em compensação, as declarações de Pedro Simon, apontando a responsabilidade do chefe do III Exército, um dos principais da hierarquia militar, aportam elementos importantes para reconstruir a cadeia de cumplicidades em torno dessa morte com indícios de crime de Estado", destaca o Página 12. Há dois dias, a Comissão Municipal da Verdade, de São Paulo, concluiu que JK foi assassinado, vítima de um atentado político, também em 1976. As conclusões do colegiado presidido pelo vereador Gilberto Natalini (PV) serão enviadas à Comissão Nacional da Verdade, que apura crimes cometidos durante a ditadura militar. Leia mais sobre direitos humanos Outros textos sobre ditadura militar Nosso jornalismo precisa da sua assinatura
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