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STF garante vaga para dois suplentes na Câmara

Congresso em Foco

4/2/2011 19:21

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Mário Coelho

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia garantiu a vaga de dois suplentes de deputado para assumirem os mandatos de titulares licenciados na Câmara. A decisão ocorreu após análise de dois mandados de segurança apresentados por suplentes no mês passado. Humberto Souto (PPS-MG) e Carlos Victor (PSB-RJ) pediram que a corte garantisse a entrada deles na Câmara no lugar dos titulares que assumiram cargos no Executivo.

Cármen Lúcia repetiu nas decisões o entendimento do Supremo que o mandato pertence ao partido, e não à coligação, como era o entendimento até então. Isso ocorreu em dezembro do ano passado, após a corte analisar pedido do PMDB para herdar o cargo deixado por Natan Donadon (PMDB-MG). O peemedebista renunciou ao mandato na tentativa de evitar condenação no STF. Depois, no fim de janeiro, outra decisão no mesmo sentido, desta vez do presidente Cezar Peluso.

STF provoca confusão com suplentes

STF manda dar posse a suplente de Pedro Novais

As decisões de Cármen Lúcia são as primeiras a interferir diretamente com a nova legislatura, que tomou posse na última terça-feira (1º). Porém, a posse deles não tem data para ocorrer. Nos dois casos, Cármen Lúcia determinou que, primeiro, os suplentes da coligação, que estavam na frente de Souto e Victor, sejam notificados. "Determino ao impetrante que promova, no prazo de cinco (5) dias, a citação do 1º suplente de deputado federal daquela Coligação e o Partido da Mobilização Nacional - PMN, sob pena de ser declarada extinta a ação mandamental", disse a ministra na mandado de segurança de Carlos Victor.

Ela determinou que, além dos suplentes, os partidos que fazem parte da coligação também sejam notificados. No caso de Carlos Victor, é Carlos Alberto Lopes (PMN) que ficou com a primeira suplência na coligação formada pelos dois partidos no Rio de Janeiro. Eleito, Alexandre Cardoso (PSB-RJ) se licenciou do cargo para assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia do governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Já Humberto Souto tem quatro nomes na frente. Ele ficou com a quinta suplência da coligação PSDB-DEM-PP-PR-PPS. Ele quer a vaga de Alexandre Silveira (PPS-MG), que assumiu a Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana de Minas Gerais. "Na espécie vertente, a plausibilidade dos argumentos expendidos na inicial evidencia o relevante fundamento, a conduzir ao deferimento da medida liminar", decidiu Cármen Lúcia.

Para a ministra, como os partidos e os suplentes de coligação não foram indicados como liticonsortes passivos dos processos, eles devem ser notificados. Ou seja, ela se refere às partes que serão atingidas pela decisão e que não foram ouvidas ainda. Ela determinou que, a partir da notificação, eles sejam avisados em até cinco dias úteis. As decisões foram assinadas em 1º de fevereiro, mas somente hoje foram despachadas pelo gabinete da ministra.

Até o momento, a Câmara ainda não foi notificada. Quando receber a decisão judicial, a Mesa Diretora deve repassar o caso para o corregedor da Casa, Eduardo da Fonte (PP-PE). Ele vai produzir um parecer sobre a decisão e abrir período de manifestação para os parlamentares. Depois disso, os integrantes da Mesa vão decidir se darão posse ao primeiro suplente da coligação ou do partido, como determinou o STF.

Confusão

Em dezembro do ano passado, os ministros do STF determinaram que a Câmara dos Deputados empossasse o primeiro suplente do partido, e não da coligação, no lugar do ex-deputado Natan Donadon (PMDB-RO), que havia renunciado ao mandato. Na visão dos integrantes da mais alta corte do país, os efeitos da coligação terminam com o fim das eleições. Por isso, o mandato pertence ao partido, e não à coligação.

Porém, a Câmara usa como base para dar posse aos suplentes as listas encaminhadas pela Justiça Eleitoral. A ordem dos substitutos é feita pelo critério proporcional, com base nas coligações. "Se a decisão do STF for estendida aos outros casos, isso vai desvirtuar o processo eleitoral brasileiro, pois as coligações, na prática, anulam individualmente os partidos e têm efeitos que vão até depois das eleições", disse o ex-corregedor da Câmara, deputado ACM Neto (DEM-BA), no parecer no caso de Natan Donadon.

Ouvido pelo site, o suplente Humberto Souto afirmou que a Câmara não pode desrespeitar uma decisão do Supremo, "que é a última palavra do país". "Não tem lógica nenhuma a Cãmara não respeitar essa decisão. A competência nesse caso não é dela, é do STF", criticou. O suplente do PPS demonstrou não ter pressa para assumir o mandato. "Pode atrasar, não tem importância. O importante é que a decisão seja cumprida", disse.

Em ambos os casos, os dois primeiros suplentes das coligações já assumiram os mandatos na Câmara. Jairo Ataíde (DEM-MG) assumiu o cargo no lugar de Alexandre Silveira. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (4). E Dr. Carlos Alberto (PMN-RJ) tomou posse ontem (3). Ele substitui Alexandre Cardoso. O site não conseguiu contato com os dois novos deputados.

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