Sobre preço, Serra diz que pedágio não se separa de qualidade de estradas

Eduardo Militão

No quinto bloco do debate dos presidenciáveis  no UOL - assista aqui ao vivo -, o candidato José Serra (PSDB) foi questionado por um internauta sobre os altos preços do pedágio em São Paulo. O tucano não falou se o preço é alto ou baixo. Citou a qualidade das estradas e o fato de os acidentes terem diminuído.

"Temos aí um quadro que não pode ser separado do pedágio, tem que ser avaliado no conjunto", esquivou-se Serra.

No quinto bloco, que, assim como o quarto também foi dedicado a perguntas dos internautas, Dilma foi questionada sobre as conquistas do governo Fernando Henrique e Lula, como o Plano Real e a manutenção da estabilidade econômica. O internauta perguntou por que, se ela diz que os avanços não podem ser creditados a uma única pessoa, Dilma afirma que o PT recebeu o país em má situação financeira.

Dilma reconheceu o real como uma conquista dos tucanos. Entretanto, disse que, em 2003, a divida externa era alta, a relação entre dívida e PIB, também e as reservas em dólares estavam em baixa. A petista disse que o PT acabou com a dívida externa, baixou a relação do débito de 60% do PIB para 42% e aumentou as reservas cambiais.

A candidata Marina Silva (PV) respondeu a uma pergunta sobre transparência. Ela defendeu que o mecanismo é importante. "O governante não pode achar que vai estar protegido pela impunidade."

Serra ainda respondeu a internauta que queria saber se ele baixaria os impostos como fez o PT durante a crise. Rebatendo afirmação anterior de Dilma, o tucano afirmou que seu governo em São Paulo baixou os tributos em meio à crise. Ele aproveitou para dizer que vai baixar o imposto sobre o saneamento básico e voltou a criticar o aumento na tributação da eletricidade.

Serra criticou os números do investimento citados por Dilma. Afirmou que o governo Lula contabilizar empréstimos a pessoas que investem em saneamento como se fosse gasto do próprio governo.

Dilma respondeu a internauta temeroso de que o investimentos em aeroportos e aviação resultasse em acidentes aéreos, como do da Gol, em 2006. A petista disse que a tragédia não foi causada por falta de fiscalização, mas por falha humana. Ainda afirmou que vai aumentar os investimentos em aeroportos, para o Brasil se preparar para a Copa do Mundo e as Olímpiadas.

Marina Silva respondeu a questão sobre educação. Afirmou que vai manter os ganhos da política econômica e social já feitos, como a educação. Elogiou o fato de o número de vagas ter aumentado de 600 mil para mais de 1 milhão. Mas disse que isso ainda é pouco.

Marina criticou o fato de 70% dos professores serem formados em instituições particulares, algumas de má qualidade. "Se estão formando mal os professores, estão formando mal os novos alunos", disse a verde.