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Appio perdeu o comando da Operação Lava Jato para a juíza Gabriela Hardt, que foi afastada da vara de Curitiba por violação do princípio da impessoalidade. Foto: Reprodução
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) foi notificado, no começo da noite desta segunda-feira (15), da decisão do corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, que determinou o afastamento da juíza federal Gabriela Hardt da vara de Curitiba por violação do princípio da impessoalidade.
O processo iniciou quando o juiz Eduardo Appio perdeu o comando da Operação Lava Jato para a juíza Gabriela Hardt em maio do ano passado, por decisão do Conselho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O juiz foi acusado de fazer uma ligação telefônica para o filho do desembargador Marcelo Malucelli para confirmar o parentesco entre os dois. O advogado João Malucelli é sócio do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) em um escritório de advocacia.
No comando da Operação Lava Jato após a saída de Sergio Moro, que assumiu o Ministério da Justiça em 2019, Gabriela decidiu pela condenação do presidente Lula no processo sobre o sítio em Atibaia. Ao Congresso em Foco, Appio disse estar "aliviado" com a decisão.
Além de Gabriela Hardt, também foram afastados outros três magistrados que atuam no Tribunal Regional Federal da quarta região, o TRF-4: Thompson Flores, desembargador; Danilo Pereira Júnior, que é juiz titular da 13ª vara; e Loraci Flores de Lima, também desembargador.
A magistrada já era questionada na época do processo em função da semelhança entre as sentenças proferidas por ela e por Sergio Moro, no ano anterior, também contra Lula. Gabriela Hardt também foi a responsável pela homologação do trato que viabilizou a criação da fundação privada que seria abastecida com recursos da Lava Jato e teria integrantes da força-tarefa entre seus gestores.