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Congresso em Foco
13/5/2009 6:05
O Estado de S. Paulo
Reforma tira poderes do diretor, mas mantém estrutura no Senado
Depois de gastar R$ 250 mil e esperar 35 dias, o Senado recebeu ontem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) uma proposta de reforma administrativa, com previsão de aumento de salários de alguns diretores e a sobrevivência de estruturas burocráticas que se tornaram símbolos do inchaço da Casa. A proposta mantém, por exemplo, 435 das 622 funções comissionadas, a maioria ocupadas por funcionários de carreira apadrinhados de senadores. Do enxugamento sugerido pela FGV, escaparam o "serviço de desembaraço alfandegário" e o "serviço de atendimento a parlamentares" nos aeroportos, que ficam agora subordinados à diretoria-geral de Administração e não mais à Coordenação de Apoio Aeroportuário, apelidada de "diretoria de check-in", que deve ser extinta. O estudo da FGV chega a prever a criação de uma função comissionada de nível 7 para ser preenchida pelo chefe de serviço que coordenará e executará as atividades de serviço de copa do café dos senadores. A FC 7, que corresponde a R$ 3.302,42 mensais a mais no salário, é a mesma gratificação prevista para o cargo de analista legislativo (nível superior).
Há 14 anos, os mesmos problemas
Esta não é a primeira vez que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pede estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer uma reestruturação administrativa da Casa. Em 1995, Sarney também encomendou estudo para modernizar a estrutura. Na época, a FGV também propôs uma profunda reengenharia da Casa, que não saiu do papel. Agora, o script é repetido: a promessa de uma reforma administrativa para enterrar a assombração política provocada pelo escândalo dos 181 diretores, pagamento de horas extras no recesso parlamentar e outros desmandos. Ontem, como hoje, os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) estavam na liderança política do Senado - Sarney era, tal como hoje, o presidente da Casa. E, 14 anos depois, a FGV constatou no estudo entregue ontem uma estrutura inchada no Senado. São 3.364 funcionários efetivos contra 3.350 terceirizados.
Conselho pode livrar dono do castelo, mas quer verba de volta
Para amenizar os efeitos de mais uma pizza, já que a tendência é pela suspensão temporária e não pela cassação do mandato do ex-corregedor Edmar Moreira (sem partido-MG), os integrantes do Conselho de Ética querem cobrar do deputado a devolução à Câmara dos recursos gastos com segurança, mas que não tiveram a prestação do serviço comprovada. Conhecido por ser dono de um castelo de R$ 25 milhões, Moreira é suspeito de ter se apropriado indevidamente de parte da verba indenizatória mensal a que os deputados têm direito. A devolução de recursos não está prevista como punição aos deputados e será necessária a aprovação de um projeto de resolução para alterar o Código de Ética e Decoro Parlamentar. Hoje, as penas são de advertência, suspensão e cassação do mandato. O projeto coletivo do conselho já foi encaminhado à Mesa Diretora pelo presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), com pedido de urgência para votação em plenário. A proposta inclui outras modificações no colegiado, como o aumento do número de integrantes de 15 para 25 titulares. O texto do projeto diz que "deverão ser integralmente ressarcidas ao erário as vantagens indevidas provenientes de recursos públicos".
Deputado que se ''lixa'' atuou no BB por crédito a doadores
O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que disse se "lixar" para a opinião pública, atuou no início deste ano diretamente no Banco do Brasil e no governo federal para defender os interesses dos produtores de fumo e das indústrias de cigarro, entre elas a Alliance One Brasil Exportadora de Tabacos Ltda. e a CTA Continental Tabaco Alliance S.A., que juntas doaram 59% dos recursos arrecadados oficialmente em sua campanha de 2006. A atuação assumida publicamente por ele visava à liberação de créditos de R$ 2 bilhões para promover a produção e a exportação da safra do produto, em risco por causa da crise.
Petrobrás fez manobra contábil com autorização do governo
A decisão da Petrobrás de alterar o sistema de cálculo de imposto retroativamente ao início de 2008, no fim do ano passado, teve aval do governo e dos ministros com assento no Conselho de Administração da estatal. E foi o instrumento encontrado pela cúpula da empresa para viabilizar, no auge da crise, a manutenção de um elevado nível de investimentos. "Trata-se de uma política de governo para manter os investimentos. É melhor do que socorrer a empresa com dinheiro do Tesouro", disse o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), porta-voz do governo nas negociações de ontem para acalmar a oposição e explicar a decisão da empresa.
CPI para investigar Yeda tem 10 assinaturas
No primeiro dia de coleta de assinaturas, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul conseguiu ontem apenas 10 das 19 necessárias para abrir uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB). O placar não é definitivo, mas dá fôlego ao Executivo, que pediu que sua base, formada por ampla maioria, rejeitasse a proposta liderada pelo PT.
''É tudo mentira. Jamais recebi R$ 400 mil''
O economista Carlos Crusius, 64 anos, cultivou a discrição na campanha eleitoral de 2006 e durante sua participação no governo da mulher, Yeda Crusius, como presidente do conselho de comunicação, extinto no início do ano. Embora fosse visto sempre entre os integrantes do primeiro escalão, não dava entrevistas sob o argumento de que "marido de governadora não fala". Crusius quebrou o silêncio para rebater o conteúdo de reportagem da revista Veja, segundo a qual teria usado R$ 400 mil captado na campanha da mulher para pagar "por fora" parte do valor da casa que o casal comprou.
Lula assina hoje projeto de lei de acesso a dados
presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar hoje, em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil, o projeto de lei de acesso às informações públicas, que será encaminhado ao Congresso. A proposta prevê que qualquer pessoa poderá pedir a órgão público documentos como dados sobre programas sociais, auditorias, licitações, projetos em andamento e fichas em departamentos policiais. A administração pública terá 20 dias úteis para entregar o material. O projeto também reduz o prazo de sigilo de documentos considerados sensíveis. Com a lei, será criado o portal Arquivos: Memórias Reveladas, no qual serão colocados os documentos referentes à perseguição política durante o regime militar (1964-1985). Entre as instituições cujas informações serão colocadas no portal estão os extintos Serviço Nacional de Informações (SNI) e o Conselho de Segurança Nacional (CSN).
Jucá fará emenda para retaliar Jobim por demissões na Infraero
Irritado com a demissão de um irmão e uma cunhada da Infraero, órgão subordinado ao Ministério da Defesa, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou ontem que vai apresentar uma proposta de emenda à Constituição que obrigue o presidente da República a nomear um militar da ativa ou da reserva para comandar a pasta. A emenda de Jucá é uma retaliação à decisão do ministro Nelson Jobim, que elaborou e conseguiu a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o plano de demissões de indicados políticos da Infraero - empresa estatal que trata da infraestrutura dos aeroportos. Um dos demitidos foi Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo, que era assessor da Infraero no Recife. A cunhada de Jucá, Taciana, mulher de Oscar, também foi demitida.
O Globo
PM anuncia operação para expulsar o tráfico do Leme
Até no máximo o início de junho, as favelas da Babilônia e do Chapéu Mangueira, no Leme, vão receber uma Unidade de Polícia Pacificadora, o mesmo modelo de atuação que acabou com o tráfico no Morro Dona Marta, em Botafogo. Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, policiais militares já estão fazendo o mapeamento e o reconhecimento da área nesses morros. A unidade será a quarta da cidade: elas já existem no Dona Marta, na Cidade de Deus (Jacarepaguá) e no Jardim Batan (Realengo). Outras serão implantadas nas favelas do Cerro-Corá e dos Guararapes, no Cosme Velho, como anunciado anteontem pelo governador Sérgio Cabral, ainda sem,prazo para o seu início.
Pesquisas do PSDB mostram crescimento de Dilma
Pesquisas encomendadas pelo PSDB no Nordeste indicam crescimento consistente da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff para a sucessão presidencial de 2010, depois do anúncio de que ela está em tratamento contra um câncer linfático. No Nordeste, ela já teria 20% das intenções de voto, contra cerca de 40% do governador tucano José Serra (SP). A expectativa do PSDB é que, nas próximas pesquisas nacionais, Dilma passe do patamar de 11% a 15% para cerca de 20%, consolidando a polarização com Serra. Por esses levantamentos, Dilma cresceu tirando votos dos pré-candidatos Ciro Gomes (PSB) e Heloísa Helena (PSOL). A avaliação de tucanos é que a ministra subiu rapidamente nas pesquisas após a grande exposição na mídia nos últimos dias. Além disso, a percepção inicial é que houve uma "humanização" de Dilma.
Álvaro Dias protocolará pedido de CPI da Petrobras
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) deve protocolar nesta quarta-feira na mesa do Senado o pedido de criação de uma CPI para investigar a Petrobras. Nesta terça, ele já havia recolhido a assinatura de 32 parlamentares, cinco a mais do que os 27 necessários. Entre os que assinaram o requerimento estão pelo menos quatro peemedebistas: Pedro Simon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE), Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita (AC). A expectativa do tucano é de que o número de apoios cresça e chegue nesta quarta-feira a 35 ou 36 assinaturas.
'Imagina se o Dunga vê isso'
Desafetos na Copa de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Ronaldo bateram bola ontem no escritório da Presidência da República, em São Paulo. "Imagina se o Dunga vê isso", brincou Lula. Ronaldo está escalado no Corinthians contra o F1uminense hoje pela Copa do Brasil. No Maracanã, o Flamengo enfrenta outro grande artilheiro, Nilmar, do internacional. O Vasco pega o Vitória. Antes do encontro com Ronaldo, Lula inaugurou uma unidade da Petrobras em Paulínia, quando disse que vários setores da economia já começam a dar sinais de recuperação: "Não é hora de chorar e ficar se lamentando." Para o presidente da República, os empresários e os trabalhadores precisam ousar mais e investir, gerando empregos e crescimento.
Com PMDB, Eletrobrás pode gastar sem regras
Com emenda do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara aprovou medida provisória que permite à Eletrobrás, controlada pelo partido, escapar da lei 8.666, que regula licitações do setor público, como já ocorre com a Petrobras. O Ministério Público Federal vai pedir que a Petrobras recolha os R$ 4 bi que pagou a menos de tributos.
PT defende deputado que 'se lixa'
Em nome do direito de opinião, o líder do PT, Cândido Vaccarezza, defendeu a permanência de Sérgio Moraes na relatoria do Conselho de Ética. Moraes diz que está popular: "Sou aplaudido nas paradas de ônibus."
Deputado bate a 190km/h e mata dois
Com carteira suspensa e dirigindo a 190 km por hora, o deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB-PR) causou a morte de dois jovens. Como tem foro especial, o caso está no Tribunal de Justiça.
Senado: plano muda nomes e não os salários
Auditoria da FGV propõe uma mudança de nomes que deixa o Senado com 71 não 181 diretorias. Mas os salários não mudam. Também corta 187 cargos comissionados - R$ 650 mil mensais, só 0,32% do orçamento da Casa.
Correio Braziliense
Ninguém mexe na elite do Senado
O Senado encontrou uma forma de anunciar uma reforma administrativa sem desagradar ao alto escalão de servidores: altera as nomenclaturas dos cargos, retira a palavra diretoria, mas mantém os salários. Mexe-se nas hierarquias, mas não no bolso. A farra das subsecretarias, por exemplo, pode continuar com outro nome: coordenações. Com eventuais cortes de bônus nas escalas inferiores, a redução na folha de pagamento não passa de 0,5%. É o que mostra o resultado da proposta divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV) após estudo de 30 dias na Casa. O relatório revela ainda a dificuldade da instituição para ter acesso a informações da burocracia do Senado, levantando inclusive a suspeita de atos administrativos secretos ou fantasmas.
Devassa nas contas de Zoghbi
A Procuradoria da República no Distrito Federal vai fazer uma devassa na situação fiscal e financeira de João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos do Senado. Ontem, o Ministério Público requisitou informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda, e acionou a Receita Federal para levantar o patrimônio de Zoghbi. A Polícia Federal abrirá hoje, inquérito para apurar as denúncias feitas há duas semanas de suspeitas de fraudes em licitações.
PTB estressado com Sérgio Moraes
O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), decidiu ontem entrar na briga para que Sérgio Moraes (PTB-RS) continue na relatoria do caso que investiga se o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) quebrou o decoro parlamentar ao destinar dinheiro público para as próprias empresas. Publicamente, disse que o relator não antecipou o voto e retirá-lo do caso seria um desrespeito à opinião de um parlamentar. Nos bastidores, no entanto, a história foi outra. Segundo conversas com integrantes da legenda, em encontros informais o relator teve de se explicar e enfrentar críticas de parlamentares que acreditam que o caso colocou areia nos planos do partido de receber Edmar Moreira. De acordo com um deputado do PTB, ao antecipar a vontade de inocentar o colega mineiro das acusações, Sérgio Moraes revelou um plano costurado pela bancada e ainda tratado com sigilo. Daí a irritação generalizada com o relator. A estratégia do partido contava com a possível absolvição de Moreira das acusações e com a entrada do parlamentar na legenda.
Moreira preocupado com a substituição do relator
Odono do castelo está preocupado. O deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) trabalha para evitar a substituição de Sérgio Moraes (PTB-RS) da relatoria do processo disciplinar no Conselho de Ética. Ainda mais depois de o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), cansado de ouvir um "não" atrás do outro, enfim, ter encontrado pelo menos um deputado disposto a tocar o caso. Edmar Moreira tem evitado a imprensa, rejeita dar declarações sobre seu processo, mas entre os colegas a posição é outra. Em conversa no cafezinho da Câmara com o deputado Milton Monti (PR-SP), ele manifestou a preocupação com a substituição na relatoria. Ouviu o seguinte comentário do deputado do PR, o mesmo partido de José Carlos Araújo: "O Zé Carlos não é louco de trocar o Sérgio (Moraes)". É óbvio o motivo de Edmar Moreira querer Sérgio Moraes, aquele que se lixa para a opinião pública. O deputado do PTB gaúcho antecipou que não via indícios de quebra de decoro e que tinha intenção de arquivar as denúncias.
Socorro para exportadores
Contrariando a orientação de técnicos do Ministério da Fazenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara uma ajuda bilionária aos exportadores. A ideia é aprovar um artigo, numa das medidas provisórias (MPs) em tramitação no Congresso, que reconheça ao setor o direito a um crédito equivalente a cerca de 15% do valor vendido para o mercado internacional. As negociações são comandadas pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e pela senadora Ideli Salvatti (SC), ex-líder do PT. Com a iniciativa, o governo quer dar fôlego ao caixa de grandes empresas. Assim, pretende evitar novas demissões e afastar o risco de ser acusado pela oposição, na disputa eleitoral em 2010, de contribuir para a decadência de importantes bandeiras brasileiras. O socorro aos exportadores quase foi incluído na MP 449, que anistia dívidas até R$ 10 mil com o fisco e abre um novo programa de renegociação de débitos com a Receita.
Yeda busca apoio em gabinetes
Ao circular por Brasília, hoje, a governadora Yeda Crusius espera angariar apoio do PSDB para rebater as novas denúncias sobre irregularidades na campanha eleitoral. A direção nacional do partido, porém, reluta em fazer uma defesa incondicional do governo gaúcho. "Nós temos solidariedade e temos confiança nela, mas a tarefa da defesa é da governadora e de seus auxiliares. Nós não estamos sendo acusados. Não estamos sendo vitimados com nenhum tipo de denúncia", disse ontem o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Yeda irá se encontrar com Guerra hoje pela manhã. Eles já conversaram por telefone na sexta-feira, mas o senador pretende esperar pelas explicações da governadora.
Nada de "decote acentuado" no tribunal
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu ontem manter a proibição para a entrada de pessoas trajando calção, short, bermuda, camiseta regata, minissaia, miniblusa, "blusa com decote acentuado", chapéus e bonés em dependências judiciárias. A decisão do CNJ responde a um pedido feito anteriormente pelo advogado Alex Smaniotto. Ele havia recorrido ao conselho para anular uma determinação do Fórum de Vilhena (RO), que vedava a entrada de pessoas com esses tipos de trajes no local. No processo, ele alega ter presenciado uma pessoa "extremamente carente" ser proibida de entrar no fórum por usar bermuda abaixo dos joelhos. A maioria dos conselheiros rejeitou o pedido do advogado, entendendo que o acesso aos fóruns deve ser feito com trajes "convenientes".
Jornal do Brasil
Mais crédito, menos calote
O consumidor brasileiro começa a se favorecer com a combinação entre retomada do crédito e queda nos juros praticados no mercado - estimuladas pela redução da taxa básica da economia, a Selic. Dados divulgados optem pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) e pelo Telecheque mostram queda nos juros do crédito à pessoa física e no número de cheques sem fundo no país. Foi o terceiro mês consecutivo em que as taxas das operações de crédito caíram no país - a exceção se deu nos índices dos cartões de crédito. Para especialistas ouvidos pelo JB, a diminuição do calote é um sinal de melhora no controle de gastos das famílias. Com isso, os próprios bancos, que havia alguns meses hesitavam até em abrir contas, estão buscando novos correntistas.
Governo negocia liberação de patentes contra a gripe suína
O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, revelou que vai se reunir com os laboratórios Roche e GSK a fim de obter o licenciamento voluntário de fabricação dos medicamentos oseltamivir (nome comercial Tamiflu) e zanamivir (nome comercial Relenza), antivirais indicados pela Organização Mundial de Saúde para o tratamento da gripe suína. O acordo reduziria os custos de combate à doença no Brasil, com a transferência da tecnologia de produção para laboratórios públicos e a produção de genéricos. A legislação internacional estimula a quebra de patentes em casos de epidemia, sempre que a OMS reconhece a eficácia do medicamento. Foi o que ocorreu quando o Brasil quebrou a patente de remédios contra Aids.
Um Fundo para combate a calamidades
A fim de superar a burocracia que dificulta o envio de recursos a estados em calamidade pública, governadores do Nordeste defenderam, no Senado, a criação de Fundo Nacional com recursos para a Defesa Civil.
Folha de S. Paulo
Recurso do fundo garantidor deve vir do BNDES e do BB
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar hoje a criação do fundo garantidor de crédito para capital de giro das pequenas e médias empresas. O fundo será composto principalmente por recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O Banco do Brasil também poderá entrar com uma parcela. O anúncio será feito durante reunião em Brasília com empresários que fazem parte do grupo de acompanhamento da crise. O grupo foi criado neste início do ano pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o governo acompanhar melhor a crise e poder tomar medidas com o objetivo de minimizar seus efeitos.
Lula diz que momento favorece "ousadia" e pede mais gastos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não é o caso de ficar "chorando" ou se "lamentando" diante da crise econômica mundial e que este é o momento de gastar mais. "Esta é uma crise em que temos que provar quem é ousado, quem tem coragem e quem vai fazer as coisas na hora certa. Esta não é uma crise para ficar chorando ou para ficar lamentando", disse Lula ao discursar na cerimônia de inauguração de uma unidade da Replan (Refinaria de Paulínia), da Petrobras, em Paulínia (117 km a noroeste de São Paulo).
Senado deve cortar diretorias sem reduzir salários, diz FGV
A FGV (Fundação Getúlio Vargas) entregou ontem um relatório preliminar sobre a reforma administrativa no Senado sugerindo a redução das atuais 110 diretorias para 7. O estudo, no entanto, não prevê perda salarial para os outros servidores que hoje ocupam os postos. Além disso, 5 dos 7 diretores terão um aumento de valor ainda não definido, diz a FGV. Outras sugestões têm impacto orçamentário mínimo. As propostas poderão entrar em prática só daqui a 60 dias, quando serão encerrados os prazos para consulta pública (via internet) e apresentação de sugestões dos servidores do Senado. Não há previsão de corte de pessoal nos gabinetes.
PT e PTB defendem relator que declarou "se lixar"
Líderes do PT e do PTB na Câmara saíram ontem em defesa do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que declarou na semana passada estar "se lixando para a opinião pública". O Conselho de Ética da Casa se reuniria ontem para tratar da substituição de Moraes do cargo de relator do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), mas o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), teve problemas com seu voo e a decisão foi adiada para hoje.
Serra descumpre 40% das metas de 2008
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não conseguiu cumprir 40% das metas estabelecidas por ele mesmo para 2008, primeiro ano do planejamento de médio prazo do Estado, o chamado PPA (Plano Plurianual), que vai até 2011. Nesse documento, o governo torna públicas suas diretrizes e diz como executará o Orçamento. Em nenhuma área Serra conseguiu cumprir na íntegra os objetivos estipulados. Segundo o governo, considerando-se cada ação individualmente, 72,5% tiveram cumprimento superior a 80%.
Governo envia ao Congresso lei sobre sigilo de documentos
Vinte anos depois de a Constituição estabelecer que todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse, o governo encaminhará hoje ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar o assunto. O texto mantém uma tradição nacional -a possibilidade de alguns documentos serem mantidos em sigilo para sempre-, mas estabelece controles rígidos para tentar impedir a ocorrência dessa prática de maneira indiscriminada, como é o costume atual. Hoje, sem uma lei, qualquer cidadão com interesse em ter acesso a documentos públicos não divulgados fica na dependência dos órgãos de governo fornecerem os dados. Quando o dado não é liberado, a única opção é recorrer à Justiça. Se o projeto de lei de acesso apresentado por Luiz Inácio Lula da Silva for aprovado pelo Congresso, todos os órgãos públicos ficam obrigados a fornecer as informações em um prazo máximo de 20 dias corridos. Passado o tempo, o requerente faz um apelo a alguma instância superior dentro do mesmo departamento onde está o dado.
Após cirurgia, exame detecta retorno de câncer em Alencar
Menos de quatro meses depois de ter se submetido a uma complexa cirurgia de quase 18 horas para a retirada de tumores abdominais, o vice-presidente da República, José Alencar, 77, passou ontem por um novo exame que detectou a recorrência do câncer. José Alencar deu entrada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, pela manhã, para fazer um acompanhamento pós-cirúrgico. Passou por uma série de exames que revelaram novos focos de sarcoma na cavidade abdominal. Segundo nota divulgada pelo hospital, a equipe médica que o assiste está replanejando o tratamento.
De olho em 2010, PMDB livra Yeda de CPI
Composta de nove deputados, a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul decidiu que não assinará o requerimento para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o suposto caixa dois na campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2006. O PMDB faz parte da bancada de apoio à governadora. As outras siglas governistas também fecharam contra a CPI (veja quadro nesta página). O requerimento foi elaborado pelo PT. Ontem, havia apenas 10 das 19 assinaturas necessárias para instalar a comissão. Assinaram o documento nove petistas (um deles preside a Casa e por isso não assina) e um deputado do PC do B.
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REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora