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Congresso em Foco
2/3/2009 | Atualizado às 19:55
O deputado e padre Luiz Couto (PT-PB), que luta para conseguir proteção integral da Polícia Federal (PF), levará esse pleito para a reunião da bancada de seu partido. O encontro ocorrerá nesta terça-feira, às 10h, no plenário 12.
Ameaçado de morte, Couto chegou a desabafar na tribuna da Câmara nesta segunda-feira (2): “Até hoje, nada aconteceu”. Ao Congresso em Foco, o deputado complementou: “Entreguei a Deus”.
A luta do sacerdote petista para conseguir proteção da PF se deve a seu trabalho na relatoria da CPI dos Grupos de Extermínio no Nordeste. O colegiado, que funcionou na legislatura passada, pediu o indiciamento de 320 pessoas, entre policiais, promotores, juízes e políticos dos nove estados nordestinos.
Por essa razão, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), enviou recentemente ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, pedindo proteção da Polícia Federal para o parlamentar (leia mais).
Conforme destaca o parlamentar, a PF “tem a tese” de que a proteção dele não é da competência da instituição, uma vez que Luiz Couto não é chefe de nenhum poder da República. Ainda segundo o sacerdote paraibano, a Polícia Federal avalia que sua proteção deve ser feita pela Polícia Legislativa (que atua dentro do Congresso Nacional).
Segundo o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), “é um absurdo” que a proteção solicitada não esteja sendo cumprida. “Vamos dar apoio ao padre Couto. Se o Couto falou que vai colocar o tema [proteção da PF], terá nosso apoio”, afirmou o parlamentar fluminense.
Ao Congresso em Foco, a assessoria da Polícia Federal limitou-se a dizer que o pedido de proteção ao deputado ainda está sendo analisado. A PF não tem previsão para determinar se o sacerdote petista receberá proteção.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Michel Temer destacou que o presidente da Câmara já fez o que podia e vai aguardar a decisão da PF.
Luiz Couto e Fernando Ferro
O deputado Luiz Couto não é o único parlamentar petista que sofre as consequências do seu combate aos grupos de extermínio no Nordeste. O deputado Fernando Ferro (PE) também é ameaçado de morte.
Ao Congresso em Foco, o petista pernambucano explicou que, apesar de aguardar a decisão do comando em Brasília, a Polícia Federal de seu estado já tomou “medidas preliminares”, no sentido de fazer a proteção quando ele solicita. “Eles estão me dando cobertura.”
Já a Polícia Federal na Paraíba, segundo Couto, não tem o mesmo procedimento. O novo governador paraibano, José Maranhão (PMDB), que assumiu em fevereiro o lugar do tucano Cássio Cunha Lima, colocou dois policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) a disposição do petista em seu estado.
Ao Congresso em Foco, Luiz Couto afirmou se sentir “angustiado” ao pedir proteção para a Polícia Federal e ver que a população de seu estado não está segura. “Se você tem segurança, mas a população não tem... Eu me sinto angustiado”, afirmou. “Muitas pessoas lá estão ameaçadas de perseguição. Eu quero a segurança do povo”, complementou.
O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), afirmou que voltará a falar com o ministro da Justiça sobre a proteção policial aos parlamentares e que não poderia adiantar qualquer informação sobre o assunto. (Rodolfo Torres)
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