Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
8/7/2011 5:30
Eduardo Militão
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que condene 36 dos 38 réus do mensalão, suposta propina paga a parlamentares em troca de apoio a projetos de interesse do governo federal. O Ministério Público quer a absolvição do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken e de Antônio Lamas, funcionário do PL.
Clique aqui para ler a íntegra das "Alegações Finais" de Roberto Gurgel
Na peça ao ministro relator do caso, Joaquim Barbosa, a Procuradoria reafirma que José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, foi o comandante de uma ?organização criminosa? que usou dinheiro público inclusive para cumprir despesas de acertos políticos com aliados e garantir votações de interesse do Planalto no Congresso. ?Foi engendrado um plano criminoso voltado para a compra de votos dentro do Congresso Nacional?, afirma Gurgel. ?Trata-se da mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber.?
Os recursos, diz o Ministério Público, eram obtidos por meio do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, outro réu do caso, que arrecadava os valores nos bancos Rural, BMG e em negócios de comunicação com o Banco do Brasil. ?Um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais, e de concessões de beneficios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira.? O mensalão resultou na maior crise política do governo do PT e quase custou a reeleição do então presidente Lula.
?As provas que instruem a presente ação penal comprovaram que os acusados integrantes dos três núcleos associaram-se de modo estável, organizado e com divisão de trabalho para o cometimento de crimes contra a administração pública, contra o sistema financeiro, contra a fé pública e lavagem de dinheiro?, diz o texto das alegações finais de Gurgel.
Absolvição
O procurador geral pediu a absolvição do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken e do ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas. Apesar de denunciados, Gurgel entendeu que não houve participação deles nos crimes. Gushiken era acusado de peculato (desvio de dinheiro) junto com o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. ?Não se colheu elementos, sequer indiciários, que justificasse a sua condenação?, justificou o procurador.
Já Jacinto Lamas, que intermediou repasses de dinheiro para o então presidente do PL, o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), é considerado inocente pelo MP por não haver provas de que agia conscientemente. ?Não se colheu provas de que tenha agido com consciência da ilicitude do seu ato, o que impede a sua condenação pelos crimes de lavagem de dinheiro e quadrilha.?
O mensalão possuía 40 réus inicialmente, mas o ex-secretário-geral PT Sílvio Pereira fez um acordo e deixou de fazer parte da ação. O ex-deputado José Janene (PMDB-PR) faleceu no ano passado.
A lista de réus
Tags
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
Imposto de Renda
Comissão adia votação da isenção do IR para esta quarta-feira