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Congresso em Foco
14/1/2009 | Atualizado 15/1/2009 às 11:32
"Se eu estiver no segundo turno, Serraglio e Aldo serão os meus maiores conselheiros"
Edson Sardinha e Rodolfo Torres
Candidato à presidência da Câmara, o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) não mede palavras para atacar seu principal adversário à sucessão de Arlindo Chinaglia (PT-SP), o peemedebista Michel Temer (SP), e já dá como certa a construção de uma aliança para derrotar o paulista, em eventual segundo turno.
Em seu quarto mandato na Casa, Ciro diz que Temer não é uma figura isenta para comandar a Câmara, porque tem indicados em órgãos do governo e assume compromissos tanto com o Planalto quanto com a oposição para exclusivamente ampliar seu espaço de poder pessoal.
“Temer tem cargos indicados. Um dos grandes problemas da Casa é o excesso de medidas provisórias. Não posso ter uma conversa franca com o presidente da República, pedindo a ele sensibilidade para restringir as medidas provisórias, na primeira meia-hora, e na segunda meia-hora, tratar de nomear diretor de Furnas, da Caixa Econômica”, alfineta.
Além de não ter a isenção necessária para tirar a Câmara da paralisia, critica Ciro, Temer também erra ao flertar com potenciais candidatos à presidência, em 2010, como a ministra Dilma Rousseff (PT), e os tucanos José Serra e Aécio Neves.
Para ele, o presidente nacional do PMDB antecipa o debate sobre a eleição presidencial, agrava a paralisia legislativa e inviabiliza qualquer possibilidade de independência do Legislativo durante sua gestão.
“É um erro gravíssimo. Vai vincular a presidência da Câmara a esse projeto. Ele antecipou e vai ficar amarrado aos compromissos que fez. Não sei quais são esses compromissos, porque uma hora apóia um, na outra apóia outro. Isso seria uma coisa horrorosa e muito ruim para a Casa”, critica.
Lembrança de Severino
Atual segundo-secretário da Câmara, Ciro Nogueira avalia que o peemedebista só sairá vencedor da disputa se conseguir os 257 votos necessários para ganhar já no primeiro turno. Do contrário, garante, a candidatura de Temer naufragará como a de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), que, apesar do favoritismo, perdeu para Severino Cavalcanti (PP-PE) em 2005. Na avaliação dele, o paulista perdeu força por não ter combinado sua candidatura com a bancada do partido no Senado, que agora enfrenta a resistência dos senadores petistas, que apóiam Tião Viana (AC).
Admitindo que Temer já está no segundo turno, Ciro garante que ele, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Osmar Serraglio (PMDB-PR) – os outros dois concorrentes – marcharão juntos na rodada decisiva pela presidência da Câmara.
“As pessoas que não votaram no Michel no primeiro turno não têm porque votar nele no segundo. Se eu estiver no segundo turno, tenha certeza de que Serraglio e Aldo serão os meus maiores conselheiros. E, se eu não estiver, estarei do lado deles e serei o principal aliado deles”, avisa.
Braço-direito de Severino Cavalcanti em sua rápida passagem pela presidência da Câmara, Ciro admite que o colega de partido errou ao misturar o apetite por cargos com o comando da Casa. E vê na comparação entre os dois tentativa de seus adversários em atingi-lo.
“Essa situação é a única forma de tentarem me atingir. Mas isso tem dois lados. Se fosse verdade, se eu tivesse identidade muito próxima com ele, isso poderia me atingir frontalmente. Mas, como a Casa me conhece, sabe que sou de outra geração, te
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