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Congresso em Foco
17/12/2008 13:51
Na corrida pela presidência da Câmara, os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Milton Monti (PR-SP), que oficializaram na manhã de hoje (17) as candidaturas independentes e o apoio mútuo, apostam no voto secreto para vencer a disputa. Em desvantagem eleitoral em relação ao concorrente principal, o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), os três parlamentares prometem “correr por fora” dos partidos para angariar voto a voto.
A estratégia é conquistar a simpatia de parlamentares individualmente, sem apostar na coligação direta com os partidos. Tudo isso porque Temer conta com o apoio oficial já anunciado das maiores bancadas – PMDB, PT, PSDB, DEM –, além de outros partidos menores como o PPS.
“Quem conhece a Casa sabe que isso [apoio dos partidos a Temer] é mais apoio de cúpula, do que dos parlamentares. E esquecem que o voto é secreto”, avisa Ciro Nogueira. “Já temos apoio de quatro partidos que integram o bloco [bloquinho]. Daí deve-se levar em conta o raciocínio no qual a escolha é dos parlamentares, e não dos partidos. Já houve casos seguidos em que o presidente da Câmara não foi escolhido pelo tamanho do partido, mas pelo critério da representatividade do candidato”, complementou Aldo Rebelo.
2º turno
A estratégia do grupo, ao lançar as candidaturas em um mesmo momento, é mostrar o compromisso que os candidatos firmaram entre si. A aposta é que um dos três candidatos garanta um segundo turno contra Temer. Caso isso aconteça, os outros dois entrarão em campanha para buscar a vitória do "escolhido".
“O ato representa um compromisso estabelecido entre as candidaturas, com a democracia de escolher o presidente. Nossas candidaturas nascem, principalmente, da representação dos deputados. A outra [de Temer] nasce da coligação partidária. Não corresponde aos anseios da Casa”, qualifica Rebelo.
Os candidatos, no entanto, não deixaram claro como será a estratégia para angariar o apoio dos parlamentares. Ao Congresso em Foco, o deputado Ciro Nogueira negou que cargos da Mesa Diretora ou cargos comissionados para lideranças de partidos serão moedas de troca. “Proporcionalmente vão ser escolhidos de acordo com a formação do partido”, declarou.
Apoio a Temer
Enquanto os independentes oficializavam suas candidaturas, líderes e parlamentares do PSDB, DEM e PPS participavam de ato em apoio oficial ao presidente Temer realizado no final da manhã de hoje. Em nota à imprensa, os líderes das bancadas afirmam que o acordo foi definido nos últimos dias, em conversas internas dentro dos partidos.
“Dos debates, tirou-se o entendimento de que a melhor maneira de fortalecer o Parlamento brasileiro é adotar a proporcionalidade partidária como forma de divisão dos espaços da Mesa Diretora. Assim, o nome do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, é o mais indicado para comandar a Câmara”, diz a nota.
Em outubro, o site mostrou que o acordo entre a cúpula do PMDB e o PSDB já estava costurado. Em troca do apoio a sua candidatura, Temer teria oferecido o cargo de primeiro vice-presidente aos tucanos. Na época, DEM e PPS ainda estavam em discussão sobre o apoio ao candidato peemedebista.
Com o apoio anunciado das bancadas, Temer, em tese, terá o voto de 301 deputados – número superior ao necessário para vencer as eleições, que seriam 257 votos. Por sua vez, o Bloquinho, o PP e o PR, partidos de Ciro e Milton Monti, respectivamente, somam 160 parlamentares. (Renata Camargo)
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