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Congresso em Foco
29/9/2008 | Atualizado às 14:26
A seis dias do primeiro turno das eleições 2008, o cenário da disputa na capital gaúcha, Porto Alegre, indica um segundo turno ainda incerto. Apesar da nítida liderança nessa primeira etapa do atual prefeito, José Fogaça, que concorre à reeleição pelo PMDB, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que acompanha de perto as eleições na capital de seu estado e apóia o colega de partido, teme que a vantagem peemedebista seja abalada no segundo turno.
O temor vem da “musa do Congresso”, a candidata à prefeitura pelo PCdoB, Manuela D’ávila. Empatada nas pesquisas de intenção de voto com a candidata petista Maria do Rosário, Manuela tem “um carisma que assusta”. “O Fogaça é um cara muito simples, muito tímido e isso conquista. Mas eu tenho medo é da presença da Manuela. Ela é muito simpática, muito alegre, ela agrada”, declarou Simon ao Congresso em Foco. Depois, ponderou: “Tem carisma, mas não tem experiência. Essa eleição é para ela aprender. Não acredito que seja a vez dela”.
O candidato de Simon caminha para concorrer frente a frente contra uma das duas candidatas que recebem, direta ou indiretamente, o apoio do presidente Lula. O líder do governo na Câmara, o deputado gaúcho Henrique Fontana (PT), para quem o segundo turno já está definido com Maria do Rosário na disputa, avalia que os peemedebistas devem temer não o “carisma” e sim um outro adversário mais incisivo: a máquina pública.
“Com certeza no segundo turno o presidente Lula vai ter uma participação ainda mais intensa. O atual prefeito se elegeu pelo PPS e ele sempre foi hostil ao governo Lula”, disse Fontana ao Congresso em Foco. Para o parlamentar, em um segundo turno, a campanha de Rosário será também incrementada pela maior campanha na TV. “Com mais tempo de TV, poderemos comparar o que o PT fez nos 16 anos que esteve à frente do governo em Porto Alegre e o que o atual prefeito vem fazendo”, rebateu.
Em sua campanha no rádio, na TV e nos panfletos, Maria do Rosário já tem utilizado a estratégia de vincular sua campanha a Lula com o slogan “Quem aprova Lula, vota Maria”. A “provocação” não assusta o senador Pedro Simon, que avalia que as eleições municipais são pouco influenciadas pela opinião pública quanto ao desempenho do presidente da República.
“Eu honestamente não acredito que a presença do Lula vai influenciar muito. Lá em Caxias do Sul, o Lula está com prestígio de 80% de aprovação. Mas se perguntar de candidato do Lula, o apoio baixa para 25%”, declarou Simon. “Aqui não acontece do presidente mandar quem é o candidato do eleitor. Não creio que o apoio de Lula seja um fator determinante”, concluiu.
Pesquisas
Pela pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (27), Fogaça chegou a 35% das intenções de voto, seguido de Maria do Rosário, com 19%, e Manuela D’ávila, com 18%. A margem de erro é de três pontos percentuais, o que revela empate técnico entre as duas. A pesquisa foi realizada na última quinta e sexta-feira e contou com a opinião de 1.036 eleitores.
Também no último sábado, o instituto Ibope divulgou pesquisa em que Fogaça lidera com 38% das intenções de voto. A candidata com maiores chances de concorrer com ele no segundo turno, no entanto, seria Manuela D’ávila, com 19% dos votos, enquanto a petista Maria do Rosário estaria com 16% das intenções. Ainda assim, ambas também permanecem tecnicamente empatadas.
Segundo o instituto Datafolha, se Fogaça e Maria do Rosário disputassem segundo turno hoje, 53% dos eleitores votariam pela reeleger o atual prefeito e 37% dariam votos para a candidata do PT. Em relação à pesquisa passada, a vantagem de Fogaça subiu de 13 para 16 pontos percentuais. Se a disputa fosse com Manuela, Fogaça teria 50% das intenções de votos e a candidata do PCdoB chegaria a 38%. Na pesquisa anterior, o peemedebista tinha 48% das preferências.
Na lanterna
Ainda que as expectativas se concentrem nos três primeiros candidatos, também estão na disputa e podem virar o jogo a deputada federal Luciana Genro (PSOL), que pela pesquisa Datafolha tem 7% das intenções de voto, o candidato do DEM, Onyx Lorenzoni, com 5%, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Vera Guasso (PSTU), ambos com 1% das intenções dos eleitores.
Na pesquisa do Ibope, esses índices são de 10% para Luciana Genro, os mesmos 5% para Onyx, registro de 3% para Nelson Marchezan e 1% para Vera Guasso. O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 24 e 25 de setembro. (Renata Camargo)
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