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Congresso em Foco
25/9/2008 | Atualizado às 18:05
O governo quer aumentar a média anual de produção de etanol em 11% nos próximos anos. A estimativa é de que a produção, que hoje é 25,6 bilhões de litros, passe para 53,2 bilhões em 2017. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o biodiesel poderá aumentar em mais 60% sua participação de consumo de biodiesel no transporte brasileiro.
“Apenas com o avanço da produção de etanol em 11% a cada ano, nós pretendemos economizar de emissão de gases poluentes o equivalente a 508 milhões de toneladas”, disse o ministro. “O aumento do biodiesel não entrará em um hectare de área protegida ou de produção de alimentos”, garantiu Minc ao ser questionado sobre a crise mundial de alimentos.
O aumento na produção de etanol foi divulgado hoje em entrevista coletiva de lançamento do pré-projeto do Plano Nacional de Mudança Climática. Além da questão do biodiesel, o plano traz diversas metas para diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Segundo o ministro, o plano “prevê metas voluntárias e setoriais”.
“O governo quer diminuir as emissões dos gases do efeito estufa, o que vai melhorar a saúde da população, diminuir o desmatamento e trazer outras conseqüências positivas”, afirmou. Minc, no entanto, não deixou claro como serão viabilizadas as ações do plano.
Geladeiras
O Plano Nacional de Mudança Climática também traz metas para diminuir a emissão de CFC (um dos gases considerados nocivos à camada de ozônio). No prazo de 10 anos, o governo pretende substituir 10 milhões de refrigeradores que ainda emitem esse poluente. Segundo Minc, há seis anos as indústrias brasileiras não mais produzem geladeiras com CFC. Mas, hoje no país ainda 11 milhões de refrigeradores que lançam o gás ainda sendo utilizados por famílias brasileiras.
Para cumprir a meta dos refrigeradores, Minc anunciou uma parceria com a Alemanha em que serão injetados 6 bilhões de euros para a construção de uma fábrica que neutraliza esses equipamentos antigos, de modo a não emitir mais CFC. “A geladeira velha consome mais e polui mais”, disse. Segundo o ministro, o governo já vem realizando ações para diminuir a emissão de CFC na atmosfera. No ano passado, o governo em parceria com empresas de energia trocou 35 mil geladeiras. Em 2008, a meta é retirar de circulação 50 mil refrigeradores.
Além das metas da produção de etanol e diminuição de CFC, o plano também prevê ações para melhorar o aproveitamento de energia e calor nos setores produtivos. O documento divulgado hoje não é a versão definitiva. A partir de segunda-feira (30), o pré-projeto estará disponível na página do Ministério do Meio Ambiente para consulta pública. Até o dia 31 de outubro, as pessoas poderão dar sugestões e críticas.
"A partir do fim da consulta, levaremos de três a quatros meses para ajustar e, então, lançar o plano", considerou Minc. O pré-projeto do Plano Nacional de Mudanças Climáticas foi elaborado pelo Comitê Interministerial de Mudança do Clima, que conta com a participação de 15 ministérios e é chefiado pela Casa Civil. (Renata Camargo)
Atualizada às 17h30.
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