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Congresso em Foco
21/8/2007 | Atualizado às 12:15
Em seu depoimento à CPI da Crise Aérea na Câmara o sargento e controlador de vôo Carlos Trifilio, presidente da Federação das Associações Brasileiras de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta) disse que a formação dos controladores não é suficiente para que exerçam o trabalho. Para ele o curso, que hoje é de um ano, deveria ter pelo menos quatro.
Segundo ele, não é por acaso que logo após o curso de formação e os estágios, ainda assim os controladores precisam fazer diversos cursos complementares.
Trifilio admitiu que apesar de estar na profissão há 20 anos, não fala inglês com fluência. "Eu sobrevivo", disse, acrescentando que para a segurança do controle em si a deficiência na compreensão do inglês não chega a ser um problema, mas que se a situação sair da normalidade, muitos controladores podem não saber o que fazer.
Trifilio também defendeu que o sistema militar de controle do tráfego aéreo chegou a seu limite e que o Brasil deveria observar exemplos usados em outras partes do mundo onde o sistema é controlado por entidades civis vinculadas ao Ministério da Defesa.
"Os oficiais estão ali por causa da patente, mas não têm uma visão macro e experiência no controle do tráfego aéreo", reclamou.
De acordo com Trifilio, se não fossem as mudanças nas regras e a intervenção do Ministério da Defesa, o uso de controladores militares especializados na defesa aérea poderia ter causado diversos acidentes. "O controlador da defesa aérea trabalha unindo os aviões. O controlador que faz o tráfego aéreo civil trabalha separando ao máximo os aviões".
O sargente também garantiu que o sistema aéreo brasileiro está desgastado, trabalhando em seu limite, com problemas na parte de recursos humanos e com excesso de vôos. "Antes os aviões voavam dez horas, agora estão voando 14, 15 horas", disse. (Soraia Costa)
Atualizado às 12h10.
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