O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota há pouco criticando parte da imprensa pela antecipação da decisão da corte em relação ao esquema do mensalão.
De acordo com alguns órgãos de imprensa, apenas o relatório do ministro Joaquim Barbosa apresenta mais de 400 páginas, o que seria um indicativo de que o tribunal acataria a denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra 40 acusados de envolvimento no escândalo. (
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De acordo com a nota, os ministros “irão expressar seus votos” apenas “durante o julgamento agendado para os próximos dias 22, 23 e 24 de agosto”.
“A tentativa de antecipar o voto dos ministros é especulação gratuita, sem base em fatos reais. É não menos falsa a versão registrada nos jornais de que os ministros do STF teriam sido procurados por emissários do governo supostamente interessados em obter um prognóstico da decisão”, complementa.
(Rodolfo Torres)
Confira a íntegra da nota do STF
"Diante de reportagens divulgadas na imprensa durante o último final de semana e na data de hoje, que tentam adiantar o entendimento de ministros desta Corte a respeito do Inquérito 2245, mais conhecido como “Mensalão”, o Supremo Tribunal Federal vem a público informar:
1. Os ministros do Supremo irão expressar seus votos sobre o Inquérito 2245 exclusivamente durante o julgamento agendado para os próximos dias 22, 23 e 24 de agosto. Trata-se de um inquérito complexo, razão pela qual o tribunal dedicará três sessões de julgamento para apreciar o recebimento ou rejeição da denúncia oferecida pelo Procurador-Geral da República.
2. A tentativa de antecipar o voto dos ministros é especulação gratuita, sem base em fatos reais. É não menos falsa a versão registrada nos jornais de que os ministros do STF teriam sido procurados por emissários do governo supostamente interessados em obter um prognóstico da decisão.
3. Ao longo de toda sua história, o Supremo Tribunal Federal tem se notabilizado pela independência de seus integrantes, cujas decisões são baseadas no livre convencimento a respeito dos fatos e na aplicação do direito."