Quem são os caras que tentam conquistar o seu voto

[caption id="attachment_37889" align="alignleft" width="300" caption="Apesar das duas concorrentes femininas ao principal cargo em disputa, o número de mulheres candidatas prova que a política continua sendo um território predominantemente masculino"][/caption]

Sylvio Costa

Estão em jogo nas eleições de hoje exatamente 1.682 cargos. Além de presidente e vice-presidente da República, serão eleitos 27 governadores, 27 vice-governadores, 54 senadores, 513 deputados federais e 1.059 cargos de deputado estadual ou distrital (função equivalente à de deputado estadual, existente apenas no Distrito Federal).

Considerando o número de candidatos por vaga, a briga é mais acirrada para as assembleias legislativas. Cada assento de deputado estadual ou distrital é disputado em média por 14.42 postulantes. A média cai para 11,75 nas eleições para a Câmara dos Deputados; nove na corrida presidencial; 6,3 na batalha pelos governos estaduais; e 5 na eleição para o Senado.

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O Distrito Federal (36,79 candidatos por vaga para deputado distrital), Rio de Janeiro (26,40 candidatos para cada cadeira de deputado estadual) e São Paulo (21,02) são os estados onde a eleição é mais concorrida.

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Os três estados são também, proporcionalmente, os que mais possuem candidatos para deputado federal: 20,17 por vaga no Rio, 18,23 em São Paulo e 14,75 no Distrito Federal.

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Veja também como está a disputa para o Senado

Mas, afinal, quem são os caras que estão atrás do nosso voto? Basicamente, são homens, em sua maioria casados, com idade entre 35 e 59 anos e formação escolar entre média e superior.

PV (com 1.459 candidatos), PT (1.402) e PMDB (1.369) foram os partidos que registraram mais nomes para as eleições.

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74,3% dos candidatos têm entre 35 e 59 anos. Apenas 325 possuem menos de 25 anos de idade.

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46,4% concluíram o ensino superior, e 15,2% dos candidatos não chegaram a completar o ensino médio. Curiosidade: 132 candidatos, ao registrarem os seus nomes na Justiça eleitoral, afirmaram saber apenas ler e escrever.

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Apesar de duas mulheres (a verde Marina e a petista Dilma) despontarem entre as principais candidatas ao mais importante cargo em jogo, as eleições, de modo geral, continuam sendo um tremendo Clube do Bolinha.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são mulheres 11% dos candidatos aos governos estaduais, 13% dos postulantes ao Senado, 22% dos que concorrem à Câmara dos Deputados, 23% dos que pretendem se eleger deputados estaduais e 25% dos candidatos a deputado distrital.

O TSE ameaçou exigir que os partidos cumprissem a obrigação legal de destinar no mínimo 30% de suas vagas para cargos de deputado às mulheres. Mas ficou só nisso, quer dizer, na ameaça.

A maioria dos candidatos (58,5%) é casada; 26,6% são solteiros.

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Mais de mil deputados - entre federais, estaduais e distritais - e 824 vereadores disputam as eleições. Quase 2 mil candidatos - ou, para ser mais preciso, 1.927 - declararam como ocupação à Justiça eleitoral, no ato de registro da candidatura, "empresário". Também se destacam, entre outros, os advogados (1.358), os comerciantes (1.135), os servidores públicos estaduais (860), os médicos (673) e os professores de ensino médio (653).
 
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