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Oposição quer CPI para investigar jogos e ação de Vavá

10/6/2007
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A oposição começa a se movimentar para instalar uma CPI para investigar as recentes denúncias de envolvimento de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, com empresários de jogos. Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal mostram Vavá usando o nome de Lula para tentar obter dinheiro do empresário de bingos e ex-deputado estadual Nilton Cezar Servo, um dos presos da Operação Xeque-Mate, que investiga a exploração de caça-níqueis (leia mais). O irmão do presidente foi indiciado por tráfico de influência e exploração de prestígio, e só não foi preso porque a Justiça negou o pedido de prisão feito pela PF. Na Câmara, a coleta de assinaturas já começou. Segundo o autor do requerimento, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a idéia é investigar, além da participação de Vavá no esquema, a proximidade de integrantes do Judiciário com as quadrilhas de jogos, revelada pela Operação Furacão. O tucano disse que começou a colher assinaturas para a chamada CPI dos Jogos Ilícitos assim que foi deflagrada a Operação Xeque-Mate. “Foi um trabalho silencioso, com base em fatos concretos”, declarou ao jornal O Estado de S. Paulo. Na avaliação do deputado, este é o segundo caso em que parentes de Lula se valem do prestígio em proveito próprio. "O primeiro foi o Lulinha (Fábio Luiz da Silva, filho do presidente), favorecido por recursos de uma concessionária pública", afirmou. "Lula se cerca de pessoas, no relacionamento político e familiar, que só ajudam a desonrar sua biografia", criticou. O Palácio do Planalto avisou que Lula não comentará o assunto (leia mais). A PF sustenta que o presidente não tem “qualquer participação” no episódio e que não há comprovação de que Vavá teria conseguido favorecer os empresários de caça-níqueis. “Houve a primeira denúncia, dando conta que ele fazia tráfico de influência. Como ninguém fez nada, a impunidade lhe deu desenvoltura para agir”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), sobre denúncias de tráfico de influência contra Vavá divulgadas ainda em 2005. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), considera “inócua” e “fora de foco” qualquer tentativa de criar outra CPI para aprofundar as conclusões da Polícia Federal na Operação Xeque-Mate. “O presidente foi muito claro ao frisar que tudo deveria ser investigado”, declarou ao Estadão. “O fato de parentes do presidente, de governadores, serem procurados por dezenas de pessoas não é bom que ocorra, mas infelizmente ocorre. Mas o presidente Lula e o governo não podem controlar o que Vavá e outros parentes falam”, avaliou. (Edson Sardinha)
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