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Congresso em Foco
13/4/2007 | Atualizado 14/4/2007 às 6:54
Em jantar oferecido na casa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente Lula elogiou anteontem (11) antigos desafetos do PT e disse que a posição ideológica de um político depende das circunstâncias.
Reunido com cerca de 150 peemedebistas, o presidente destacou ainda que ser presidente da República é o “ápice de um ser humano” e que o projeto de coalizão traçado por ele vai além de 2010. O teor das declarações de Lula foi publicado na edição de hoje da Folha de S. Paulo, que obteve uma gravação do discurso do presidente no jantar com o PMDB.
"São as circunstâncias históricas que permitem que, em determinados momentos, a gente seja mais progressista, mais conservador, que a gente seja amarelo ou seja verde. Quem faz política não pode ser que nem a parede de uma hidrelétrica, "imexível" como diria o Magri [Antonio Rogério Magri, ministro do Trabalho no governo Collor]", disse Lula.
Para exemplificar o caráter “volúvel” da política, Lula se referiu a dois de seus ex-adversários – os peemedebistas Orestes Quércia e Jader Barbalho – lembrando que esta não é a primeira vez em que os três estão do mesmo lado.
"Qual é o cidadão que tinha pensamento progressista que, em 1974, não votou no Quércia para senador em São Paulo? Quem é o progressista deste país que, em 1978, não votava em Jader Barbalho para deputado federal no estado do Pará?", perguntou.
Lula também agradeceu ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), a quem fez oposição nos anos 1980, pelo apoio recebido no Senado. E acabou fazendo um auto-elogio. "Se um dia vocês chegarem à Presidência da República, vão perceber que esse é o ápice de um ser humano. Não tem nada além disso."
O presidente ainda alertou os peemedebistas para a necessidade de se construir uma aliança duradoura, baseada em projetos e programas.
"O nosso projeto não começa agora e não termina agora. O que vai acontecer com o Brasil a partir de 2010? A gente construiu um projeto de nação que tem que ter candidato a presidente, a vice-presidente, a governador, a deputado federal, a senador. Nós precisamos parar de ter medo de dizer essas coisas. Temos que continuar construindo um projeto que dê ao Brasil no século 21 aquilo que o Brasil jogou fora no século 20. E não foram poucas as oportunidades", disse.
Apesar de ter dito, ao chegar à casa de Renan, que chamaria a oposição para dialogar, o presidente elevou o tom dos ataques aos seus adversários durante o jantar. "Durante um ano e meio infernizaram a minha vida e da minha família. Tentaram criar todas as infâmias que já se criou, e não só eu fui vítima delas. Getúlio [Vargas] foi vítima delas, Juscelino [Kubitschek], Sarney, porque João Goulart caiu por causa delas, porque Getúlio se matou por causa delas", afirmou Lula. (Edson Sardinha)
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