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Congresso em Foco
11/4/2007 | Atualizado às 17:57
Desde que se iniciou o debate sobre a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a crise aérea brasileira, no final de fevereiro, ficou evidente o distanciamento dos dois principais partidos de oposição, PSDB e Democratas (ex-PFL).
Sinais que se evidenciam ainda mais agora, quando se discute a criação de uma CPI para investigar o mesmo assunto no Senado. Os tucanos preferem esperar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda vai julgar mandado de segurança sobre a criação da comissão.
Já o Democratas, que fazem obstrução na pauta da Câmara, querem uma CPI funcionando o mais rápido possível, seja na Câmara ou no Senado. Eles dizem que, para ela ser criada, só depende do PSDB. É que no Senado, as duas legendas, juntas, têm 30 senadores. De acordo a Constituição, para se criar uma comissão parlamentar de inquérito naquela Casa é necessário a assinatura de 27 parlamentares.
O líder da minoria na Câmara, Júlio Redecker (PSDB-RS), afirma que “o mais prudente é aguardar a decisão do STF”. E, segundo ele, essa é a posição do PSDB.Ele diz que uma CPI no Senado pode ser estratégica depois da instalação de uma na Câmara, onde o governo tem maioria e pode barrar pedidos de quebras de sigilo, por exemplo, ou dificultar investigações. Há menor probabilidade disso ocorrer no Senado, proporcionalmente com maior número de oposicionistas.
Casal em crise
“Acho que o PSDB está tendo uma conduta errada”, disse o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), um dos oposicionistas mais enfáticos. Para ele, a relação entre democratas e tucanos está como um casal em crise, “sem entendimento, sem conversas”. “É um sinal de que a relação pode estar próxima do fim”, concluiu.
O líder da bancada do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), disse ter “muito respeito” pelos Democratas, mas que “cada partido tem que cuidar de sua vida, sem se preocupar com o outro”. Pannunzio lembra ainda que o requerimento para a criação da CPI do Apagão aéreo, assim como o mandado de segurança impetrado no STF, foram de autoria de deputados tucanos. “A iniciativa foi do PSDB”, afirmou.
Sem apimentar a discussão, o presidente dos Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), acha natural a divisão. “Cada um faz oposição da maneira que quer. Democracia é assim. Na última legislatura, por exemplo, o PSDB só fez oposição nos últimos dois anos”, declarou.
O deputado José Aníbal(PSDB-SP) também contemporiza: “As divergências são naturais, pois são dois partidos diferentes. Ainda estamos longe das eleições”, afirmou, sobre a possibilidade de ruptura. (Lucas Ferraz)
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