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Congresso em Foco
10/4/2007 | Atualizado às 16:11
O álcool é a droga que oferece mais riscos à saúde pública no Brasil, disse há pouco, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. "Não é cocaína ou nenhuma outra droga", comparou, ao criticar a exibição de anúncios de bebidas alcoólicas na televisão.
Para o ministro, há uma relação direta entre o aumento do consumo de álcool entre adolescentes de 10 a 14 anos e a publicidade do produto na TV. "Fico muito incomodado com a maneira como a propaganda de bebidas alcoólicas é feita, propaganda que é inclusive ofensiva às mulheres. Temos que enfrentar esse problema com coragem e lucidez", apontou.
Apesar das dificuldades, Temporão acredita que o Brasil vive um momento extremamente estimulante para a saúde. Segundo ele, "o Sistema Único de Saúde (SUS), criado há 17 anos, apresenta excelentes resultados, com melhorias na gestão pública da saúde, inclusive com o fortalecimento do papel dos municípios".
Aborto e vaias
Ontem, Temporão causou polêmica ao defender que a legalização do aborto e das pesquisas com células tronco sejam definidas mediante plebiscito. Durante um evento de divulgação de programas de saúde do governo no Ceará, o ministro foi vaiado por manifestantes ligados à Frente Parlamentar Contra o Aborto, coordenada pelo deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA).
Em resposta à manifestação, o ministro reagiu: "O aborto é uma ferida aberta no país. Essa questão é importantíssima do ponto de vista da saúde pública. A discriminação e a tentativa de abafar a realidade levam sofrimento e morte às mulheres e às famílias". José Gomes Temporão rebateu o argumento de que não seria a favor da vida lembrando que tem quatro filhos.
Auto intitulado "especialista em resolver pepinos", José Gomes Temporão é médico sanitarista e foi nomeado ministro na cota do PMDB. Ao tomar posse, ele disse que seu principal objetivo no ministério seria melhorar a situação do sistema público de saúde no país.
No último dia 8, o Datafolha divulgou pesquisa mostrando que 66% população é contra a legalização do aborto (leia mais). (Carol Ferrare)
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