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Bastos diz não ver prejuízos se CPI acabar antes

10/11/2006
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O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta sexta-feira que a CPI dos Sanguessugas contribuiu o suficiente para desvendar a máfia das ambulâncias. Ele afirmou ainda não ver prejuízos caso os trabalhos da comissão sejam encerrados antes do previsto.

"Acredito seguramente que a CPI chegará a um termo final. Ela vai apresentar seu relatório e vai prestar uma relevante contribuição para a sociedade", declarou o ministro à Agência Brasil.

Bastos evitou, porém, comentar sobre o momento morno vivido pela comissão após as eleições. "É natural que a temperatura alta, as licenças poéticas ocorram durante a campanha", disse.

Natimorta

Na semana passada, o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse estranhar a postura da oposição e do governo, que, segundo ele, parecem ter perdido a vontade de investigar. "É de se estranhar que a oposição de tigre tenha virado gatinho e o governo tenha se tornado um poço de gentileza."

A crítica foi em relação aos depoimentos dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe, ambos do governo Lula, na semana passada. A expectativa era que os oposicionistas aproveitassem a oportunidade para intensificar a investida sobre os aliados, mas audiências foram esvaziadas justamente por integrantes da ala adversária ao Planalto.

A CPI, que começou sem nenhum apoio mas ganhou força pouco antes das eleições, agora corre o risco de terminar com um relatório aquém do esperado. A idéia era investigar a ligação das prefeituras com o esquema dos sanguessugas. Agora, será lucro se forem incluidos no texto, além dos parlamentares acusados de participação na fraude, indícios parciais contra prefeitos e o Ministério da Saúde. "Mas vai haver relatório, isso pode ter certeza", afirmou Jungmann na última quarta-feira.

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