As expectativas sobre o debate no SBT
Congresso em Foco
19/10/2006 | Atualizado às 16:38
A-A+
As atenções do cenário político nacional estão voltadas para o debate desta noite entre os candidatos à Presidência da República, no SBT. De um lado, estará o presidente Lula, que chegará a este confronto televisionado com uma vantagem de 20 pontos percentuais, registrada na última pesquisa Datafolha. Do outro, o tucano Geraldo Alckmin, que no primeiro debate deste segundo turno, promovido pela TV Bandeirantes, apresentou um comportamento incisivo em relação ao petista.
O Congresso em Foco ouviu algumas opiniões sobre como será a postura dos presidenciáveis no debate.
Deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ)
O deputado Eduardo Paes, candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro, afirmou que a postura do presidenciável tucano no debate da TV Bandeirantes foi "excepcional". Questionado a respeito de qual será a postura de Alckmin no debate de logo mais no SBT, Paes afirmou que o tucano deve "manter o mesmo estilo firme, contundente". "Espero e torço" para que Alckmin mantenha a mesma postura apresentada no debate da TV Bandeirantes, afirmou o deputado.
Deputado Geddel Vieira (PMDB-BA)
O deputado Geddel Vieira aguarda um debate que explore as propostas de governo de cada candidato. "Espero que seja um debate sobre propostas e idéias, pois estamos a uma semana da votação e é isso o que o povo quer ver", disse.
O parlamentar também aconselhou o presidenciável tucano: "se fosse o Alckmin não voltaria com aquela postura agressiva do último debate, deixaria os ataques de lado".
"Na minha opinião, o Alckmin perdeu o debate por mostrar extrema agressividade. Tem que discutir tudo, mas acredito que o povo prefira ouvir propostas", declarou o deputado a respeito do debate promovido pela TV Bandeirantes.
Deputado Roberto Freire (PPS-PE)
O deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire, afirmou que espera que o debate traga discussão, confronto de idéias e denúncias. "Será um bom debate, que pode ajudar melhor a informação da sociedade", afirmou.
O parlamentar afirmou acreditar que Geraldo Alckmin manterá a mesma postura que adotou no debate da TV Bandeirantes. Questionado se a postura do tucano no debate da TV Bandeirantes foi agressiva, o deputado respondeu: "Agressivo é o governo Lula com todos esses escândalos. O governo de lula é que é agressivo".
O deputado ressaltou que Alckmin não disse nada sobre corrupção no debate da Globo porque a cadeira do presidente Lula estava vazia na ocasião."Isso é uma demonstração de caráter de Alckmin", declarou.
Ainda sobre o debate da Bandeirantes, no qual o candidato do PSDB questionou o presidente sobre a origem do dinheiro que compraria um dossiê contra políticos tucanos, Roberto Freire ironizou: "Só faltou perguntar se Lula conhece alguma quadrilha sem chefe".
Alexandre Barros, cientista político
O cientista político Alexandre Barros afirmou que Alckmin está "entrando em pânico". Logo, segundo ele, o tucano "deve insistir na história do dossiê e do dinheiro". Em relação ao presidente Lula, Alexandre Barros afirmou que o petista "recuperou no último debate a segurança e a serenidade".
Sobre o PSDB, o cientista político acredita que o partido "está meio que em desespero por causa da última pesquisa, que foi inesperada. Pois eles estavam esperando uma diferença, mas não tão expressiva".
"Se o Lula responder ou não aos ataques de Alckmin, não fará diferença nenhuma, ele continuará bem frente ao eleitorado", ressaltou.
