Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
12/9/2006 | Atualizado 13/9/2006 às 7:19
O Ministério Público Federal (MPF) acusa a Polícia Federal de vazar informações sobre uma investigação sigilosa, denominada Operação Mão-de-Obra, que analisa fraudes na contratação de funcionários terceirizados para o Senado e outros cinco órgãos federais.
De acordo com reportagem do Jornal Nacional dessa terça-feira (12), sete empresas estão sendo investigadas por combinarem concorrências públicas e oferecerem vantagem a servidores para manipulação dos resultados das licitações. Seis pessoas estão presas, informou a matéria da TV Globo. O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, é um dos principais alvos das investigações.
Conforme o telejornal, o vazamento frustrou ação de busca e apreensão de provas desencadeada pelo MPF. "A pedido do Ministério Público, a Justiça autorizou busca e apreensão de provas também no Senado, no fim de julho. Mas só encontrou computadores e cofres vazios. Agora, o Ministério Público diz que sabe o porquê", revelou a matéria, da repórter Cristina Serra.
Ela continua: "Os funcionários do Senado, alvo da investigação, tinham sido avisados com antecedência sobre a busca. Os procuradores responsáveis pelo caso pediram explicações à Polícia Federal. Depois de muita insistência, eles receberam um relatório, assinado pelo diretor executivo da Polícia Federal, Zulmar Pimentel. O documento confirma que houve, sim, vazamento, e que isso é uma prática da Polícia Federal quando se trata de operações em órgãos públicos".
De acordo com a reportagem, "o delegado escolhido para comandar a operação foi o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Bergson Toledo Silva, amigo do presidente do Senado, Renan Calheiros". No relatório, ele admite que informou Renan sobre a operação e "pediu que ele indicasse um funcionário para acompanhar o trabalho dos policiais na manhã seguinte".
O servidor indicado foi Agaciel Maia, exatamente um dos principais suspeitos de participação nas irregularidades. Em entrevista à repórter, o procurador da República Luciano Rolim condenou o comportamento de Bergson.
"Essa pessoa foi favorecida indevidamente pela comunicação até porque ela teve conhecimento que no dia seguinte seria realizada uma busca e apreensão em sua sala de trabalho. É indubitável que essa comunicação prévia trouxe prejuízo irreparáveis a medida", afirmou ele, lembrando que o vazamento de operações sob segredo de justiça é crime de violação de sigilo funcional e ato de improbidade administrativa. Rolim acrescentou que o MPF pedirá ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, explicações sobre o caso.
A reportagem conclui:
"A assessoria do presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou que ele foi procurado pelo delegado Bergson Toledo e que indicou Agaciel Maia para acompanhar os agentes, mas sem saber que o funcionário era um dos investigados. Agaciel Maia negou que tenha sido avisado. O delegado Bergson Toledo não quis falar sobre o assunto. A Polícia Federal disse que a metodologia usada na operação está correta e que ela já foi adotada em centenas de operações."
Temas
PEC da Blindagem
PEC da Blindagem
Ato contra PEC da Blindagem mobiliza manifestantes em Brasília
PEC da Blindagem
Relator da PEC da Blindagem no Senado anuncia parecer pela rejeição
LEI MARIA DA PENHA
Projeto quer frear uso do Pix em ameaças a mulheres vítimas de abuso