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Congresso em Foco
29/8/2006 | Atualizado às 15:15
Os candidatos de vários estados e do Distrito Federal foram reunidos ontem à noite no primeiro debate para governador promovido pela Rede Bandeirantes. Assim como ocorreu com os presidenciáveis, o encontro foi dividido em cinco blocos, separados entre as perguntas dos repórteres aos presentes e dos candidatos entre si.
A maioria dos candidatos convidados pela emissora compareceu ao encontro. Sendo que, em São Paulo e na Bahia, os favoritos da disputa, José Serra (PSDB) e o governador Paulo Souto (PFL), não quiseram participar.
Dentre os pontos discutidos, a segurança pública e a educação foram os temas mais destacados pelos concorrentes nos debates.
Veja como foi o debate de ontem em cinco estados e no Distrito Federal:
Distrito Federal
Na capital federal, todos os concorrentes ao governo participaram do debate promovido pela Bandeirantes: o deputado federal José Roberto Arruda (PFL), a governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB), Arlete Sampaio (PT), Antônio Carlos de Andrade (PSol), Fátima Passos (PSDC) e Expedito Mendonça (PCO).
Um dos momentos mais acirrados do debate foi quando Arlete questionou Arruda sobre como ele vai cumprir todas as promessas de campanha em apenas três anos. Pois o deputado se comprometeu com o vice, senador Paulo Octávio (PFL), a passar o governo para ele no último ano de governo.
Em resposta, Arruda disse que não pretende disputar a reeleição. "Pelo visto, a senhora conhece bem o meu programa. Em vez de combatê-lo, a senhora só está preocupada se terei tempo de cumpri-lo", criticou o pefelista.
São Paulo
Dos seis candidatos convidados pela emissora, apenas o representante do PSDB, José Serra, não compareceu ao debate. Ausência essa que permitiu aos demais concorrentes atacarem sem problemas a gestão tucano no estado, principalmente nas áreas de segurança e educação. O governo federal também sofreu vários ataques, pois segundo os participantes, apresenta forte semelhança com a gestão tucana na presidência, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O candidato do PT, Aloizio Mercadante, foi o primeiro a destacar a ausência de Serra no debate. O petista atribuiu a decisão do tucano à "dificuldade de explicar a incapacidade do seu partido em desenvolver a educação e em garantir segurança à população".
Orestes Quércia (PMDB), que segundo pesquisas recentes mantém a terceira posição na preferência do eleitorado, também criticou a atuação do PSDB na educação e voltou a defender a instituição do ensino complementar em São Paulo.
No debate compareceram: Aloizio Mercadante (PT), Orestes Quércia (PMDB), Mário Guide (PSB), Cláudio de Mauro (PV), Plínio de Arruda Sampaio (Psol) e Carlos Apolinário (PDT). Não foram convidados pela emissora: Tarcísio Fóglio (PSC), Ruy Renato Reichmann (Prona), Roberto Siqueira (PSL), Sarli Júnior (PSL), Pedro Viviani (PMN), Éder Xavier (PTC), Cláudio de Mauro (PV), Anaí Caproni (PCO) e Cunha Lima (PSDC).
Rio de Janeiro
No Rio, cinco dos 11 candidatos ao governo participaram do debate. A maioria das declarações feitas ontem concentraram-se em atacar à gestão da atual governadora Rosinha Matheus. Isso porque o candidato do partido, o senador Sérgio Cabral (PMDB), não compareceu ao programa.
Dentre os candidatos que criticaram Rosinha, Denise Frossard (PPS) e Eliane Cunha (PRP) foram as mais duras da noite. Ambas defenderam uma auditoria nas contas do estado, por causa do "rombo de mais de R$ 2 bilhões" nos cofres cariocas. "Governador não pode deixar resto", ressaltou Frossard.
Outro que disparou fortes críticas contra Rosinha ontem foi o senador Marcelo Crivella (PRB). O candidato afirmou que o Rio recebe pouco investimento em infra-estrutura porque a governadora faz "pirraça" com o governo federal, provocando a estagnação no estado.
Bahia
Três dos oito candidatos ao governo da Bahia não compareceram ao debate de ontem. Dentre os faltosos, o governador Paulo Souto (PFL), que é apontado pelas pesquisas eleitorais como favorito, foi a ausência mais sentida pelos adversários que pretendiam aproveitar a oportunidade para diminuir a diferença entre eles.
Mesmo não estando presente, Souto foi o candidato mais atacado durante o debate. Praticamente toda a administração pública da Bahia foi alvo dos demais concorrentes ao cargo de governador, que afirmaram não concordar com o modelo de gestão adotado pelo PFL há anos. Além do governo estadual, o federal também recebeu várias críticas. Isso porque um dos presentes era o candidato petista Jaques Wagner, ex-ministro de Relações Institucionais do presidente Lula.
No debate estiveram presentes: Átila Brandão (PSC), Jaques Wagner (PT), Antonio Albino (PSDC), Hilton Coelho (Psol) e Teresa Serra (Prona). Quanto aos faltosos, além de Souto também não participaram do debate os candidatos Rosana Vedovato (PSL) e Antônio Eduardo Alves (PCO).
Em correspondência enviada à emissora, Souto justificou a ausência ressaltando que a ampliação do número de participantes atrapalharia a exposição de idéias e projetos para a Bahia e facilitaria o ataque pessoal entre os candidatos.
Nas considerações finais, os candidatos mostraram certa confiança no segundo turno das eleições, principalmente Wagner. "Estamos bem com a campanha nas ruas e na TV, estamos subindo", disse o petista. Na última pesquisa Ibope, realizada este mês, Wagner alcançou 16 % da preferência do eleitorado contra 52% de Souto.
Paraná
No Paraná, o debate realizado pela Bandeirantes conseguiu reunir: o governador Roberto Requião (PMDB), Rubens Bueno (PPS), o senador Osmar Dias (PDT), Flávio Arns (PT), Melo Viana (PV), Luiz Felipe Bergmann (PSOL), Antônio Roberto Forte (PSL) e Luiz Adão (PSDC). Com isso, somente os candidatos Ana Lucia Pires (PRTB), Jorge Martins (PRP) e Ivo José de Oliveira Souza (PCO) não compareceram ao encontro.
A segurança pública e a educação foram de longe os temas mais abordados pelos participantes. Entretanto, o debate ficou mais concentrado em ataques do que na apresentação de propostas. Logo, vários pedidos de resposta foram requisitados durante o programa.
O governador Roberto Requião iniciou as declarações no debate abordando a necessidade do estado e das ideologias partidárias sempre se oporem ao lucro. Requião também aproveitou o tempo cedido para destacar ações realizadas no mandato dele, como a criação do programa Leite das crianças, a energia elétrica gratuita e a tarifa social da água. Na área da saúde, o candidato à reeleição citou 24 hospitais em construção no Paraná. "Estes hospitais ficarão prontos até o final do ano, descentralizando o atendimento no estado", disse.
Quanto ao senador Osmar Dias, ele defendeu a reforma política, principalmente o voto distrital, a fidelidade partidária e o fim da reeleição. Ao ser questionado por Melo Viana sobre a acusação de corrupção do vice, Derli Donin (PP), Dias apenas respondeu que "não existe ainda nenhuma ação julgada".
Já o candidato pela coligação do Voto Limpo, Rubens Bueno (PPS) foi o que mais fez críticas ao governo Requião, principalmente na questão da educação. "É um descaso com a educação, o professor precisa ser valorizado. A educação infantil e fundamental precisa de atenção", destacou.
Rio Grande do Sul
Os 10 candidatos ao governo do Rio Grande do Sul compareceram ao debate de ontem. O principal tema abordado no encontro foi a segurança pública. Outros pontos discutidos pelos concorrentes ao governo foram o déficit público, educação, saúde, corrupção e atração de investimentos.
No debate, o governador Germano Rigotto (PMDB) defendeu a política empregada na segurança, afirmando que efetivo policial foi aumentado até onde dava, pois o déficit na área é histórico, não culpa exclusiva do governo dele.
Já o adversário petista, Olívio Dutra, ressaltou que a política de segurança deveria mudar. Dentre as mudanças, a integração das polícias, tanto em âmbito nacional quanto regional. Além de aumentar a gratificação desses servidores.
Ainda sobre o tema, a candidata Yeda Crusius (PSDB) apresentou números que comprovam o aumento da violência no estado, que é a região com a maior quantidade de furtos do país.
Estiveram presentes no debate da emissora: Germano Rigotto (PMDB), Olívio Dutra (PT), Yeda Crusius (PSDB), Alceu Collares (PDT), Francisco Turra (PP), Roberto Robaina (Psol), Beto Grill (PSB), Edson Pereira (PV), Pedro Couto (PSDC) e Guilherme Giordano (PCO).
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