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Túlio: "Quero ser governador"

Congresso em Foco

25/9/2008 | Atualizado 26/9/2008 às 0:07

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Mário Coelho

 

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que se cuide. Assim como ele, Túlio Maravilha, três vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro e principal goleador da série B deste ano, também quer ser governador de Goiás.

 

Candidato a vereador pelo PMDB em Goiânia, sua terra natal, Túlio Humberto Pereira da Costa, 39 anos, nem chegou ainda à câmara municipal, mas já traça planos políticos ambiciosos para a nova carreira.

 

Consagrado pelos mais de 800 gols que fez, por 24 clubes e pela seleção brasileira, e também pelo estilo irreverente, o atacante se revela um dedicado discípulo do presidente Lula ao recorrer a metáforas futebolísticas para falar de suas pretensões políticas.

 

“O jogador quer ganhar títulos, ser artilheiro do campeonato, ser convocado para a seleção e jogar uma Copa do Mundo. Política é a mesma coisa; primeiro vereador, depois deputado estadual até chegar a governador”, adianta.

 

A estratégia se assemelha a de um treinador que arma a equipe para vencer um adversário mais qualificado. Como na linguagem dos boleiros, um passo de cada vez até chegar ao objetivo final.

 

Passo a passo

 

Para chegar ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, Túlio diz que é preciso primeiro conhecer os corredores da Câmara de Vereadores da capital do estado. O passo seguinte é a Assembléia Legislativa. Depois, a Câmara dos Deputados e, quem sabe, o Senado.

 

Nos gramados, Túlio alcançou quase todos os seus objetivos, só não conseguiu disputar uma Copa do Mundo. Campeão brasileiro pelo Botafogo, em 1995, e artilheiro do campeonato pelo alvinegro carioca (1994 e 1995) e pelo Goiás (1989), o atacante já fez este ano 20 gols na Série B pelo Vila Nova (GO), vice-líder, atrás apenas do Corinthians. Principal goleador da competição, ele tem hoje oito gols a mais que o vice-artilheiro.

 

Agendas em conflito

 

A rotina de jogador de futebol tem dificultado o corpo-a-corpo com os eleitores. Para se ter uma idéia, o atacante viajou com sua equipe na quinta-feira da semana passada (18) para o Sul do país. No dia seguinte, enfrentou o Juventude, em Caxias do Sul (RS). Na terça-feira (23), já estava em Criciúma (SC). Só voltou para Goiânia na última quarta-feira (24).

 

Com dificuldade para intensificar o trabalho de convencimento do eleitorado, Túlio aposta suas fichas nas vezes em que já fez a rede balançar. Pela capital do estado, é fácil encontrar carros com adesivos do atacante nos pára-choques e nos vidros. O jogador montou uma pequena equipe de assessores, que roda a cidade fazendo reuniões com eleitores.

 

Quando não está concentrado para um jogo, ou viajando com o Vila Nova, ele aparece. “A agenda é equilibrada para que nada fique prejudicado. Para isso, é necessário muito preparo físico, muito profissionalismo e trabalho”, diz Túlio. Fôlego para isso, garante, não falta.

 

Gols e votos

 

A idéia da candidatura à Câmara de Vereadores surgiu no ano passado. Filiado desde 2006 ao PMDB, partido com o qual diz ter “afinidade”, afirma que quer retribuir o carinho que sempre recebeu dos conterrâneos. O plano todo já estava montado. Não deixaria de jogar e treinar. Afinal, Túlio não quer ser apenas vereador e percorrer o caminho até o Palácio das Esmeraldas. Basta entrar no site oficial do artilheiro para saber que sua outra meta é chegar ao gol 1.000.

 

“Um coisa depende da outra”, responde Túlio, quando questionado sobre o que é mais importante agora: o gol ou o voto. O artilheiro imagina que balançar a rede dos adversários pelo Vila Nova pode trazer uma boa votação em 5 de outubro. E, conseqüentemente, ajudá-lo a subir na escada que leva ao governo do estado.

 

Um dos maiores ídolos da história recente do Goiás, Túlio acredita que não vai perder votos por defender o Vila Nova, maior rival dos esmeraldinos. Entretanto, essa opinião não é consenso entre os analistas esportivos locais. Muitos acreditam que o destaque que ele tem obtido na Série B pode causar ciúmes nos torcedores do Goiás. “Tenho certeza que é o contrário. Muitos torcedores do Goiás já vieram dizer que vão votar em mim”, aposta.

 

Se conseguir se eleger, Túlio promete direcionar todos os seus esforços para o esporte. Sua principal proposta é criar centros de excelência nos bairros mais pobres de Goiânia. Ele quer revitalizar as praças de esportes, e torná-las aptas a receber as mais diferentes modalidades, que vão de futebol a queimada, passando por basquete e natação. “Tudo isso com profissionais como professores de educação física, nutricionistas e psicólogos.”

 

Polêmicas e divididas

 

Quando despontou para o cenário nacional, ao ser artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1989 com 11 gols, o atacante ficou conhecido também por outra habilidade. Túlio gosta de uma boa polêmica, de provocar os adversários, de “jogar para a platéia”. O estilo falastrão lhe rendeu uma frase cunhada pelo cronista esportivo Armando Nogueira: “Quando ele está em campo não existe gol anônimo”.

 

E a polêmica não se restringe às palavras. Basta lembrar a semifinal da Copa América de 1995, contra a Argentina. Nos instantes finais da partida, ele recebeu um cruzamento da direita e matou a bola dentro da área com o braço direito antes de marcar o gol de empate brasileiro. Na decisão por pênaltis, a seleção desclassificou os argentinos.

 

“Foi a mão de Deus”, disse em tom de provocação, repetindo a frase imortalizada por Diego Maradona, ao comemorar o gol que eliminou a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986. “Essa é minha essência”, brinca o brasileiro.

 

Túlio garante que vai cumprir todas as promessas de campanha. “Eu cumpri quase tudo o que prometi como jogador de futebol”, lembra. Mas, como bom boleiro, ressalta que nada é feito sozinho, tudo é trabalho de equipe, seja no gramado, seja na Câmara de Vereadores.

 

R$ 1

 

Repetindo o tom polêmico que o consagrou nos gramados, o candidato Túlio também causou surpresa ao declarar seu patrimônio à Justiça eleitoral. Apesar de ter passado por 24 clubes (veja quais) em 20 anos de carreira profissional, disse que não possui bens.

 

Declarou ter apenas “R$ 1” em sua posse. Onde está todo o patrimônio que acumulou nesse tempo de carreira? “Está tudo no nome da mulher, do filho, do pai. Não tenho nada em meu nome. O que eu quero nessa vida é amor”, afirma. E, claro, um dia, quem sabe, comandar o Palácio das Esmeraldas, o mesmo sonho que o presidente do Banco Central já manifestou. Meirelles não descarta a possibilidade de concorrer ao governo do estado natal assim que deixar o comando do BC.

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