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Lula: "Obama tem clareza do tamanho da crise"

Congresso em Foco

16/3/2009 9:13

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Em seu programa semanal de rádio, o presidente Lula disse hoje (16) que representantes das equipes econômicas dos governos do Brasil e dos Estados Unidos vão discutir, em conjunto, propostas para o enfrentamento da crise econômica mundial. Segundo Lula, o presidente norte-americano, Barack Obama, tem dimensão exata do tamanho da crise e da importância de suas ações para contê-la. Os dois presidentes se encontraram no último sábado (14) em Washington (leia mais).

“O que eu fiquei bem impressionado é que o presidente Obama tem clareza do tamanho da crise, tem clareza da responsabilidade dos Estados Unidos e tem clareza que é preciso estabelecer um consenso entre os países do G20 para que possamos tomar medidas capazes de debelar essa crise”, declarou Lula no Café com o Presidente.

Lula, que tem encontro marcado hoje com empresários norte-americanos, disse acreditar que Obama estabelecerá uma nova relação com os países da América Latina e defendeu o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba. “É importante que os Estados Unidos tenham uma visão de parceria e não de ingerência, uma visão de contribuição e não de intromissão. Eu penso que o presidente Obama está compreendendo isso e eu penso que nós poderemos avançar.”

Na avaliação do presidente brasileiro, o colega norte-americano é um estadista “diferenciado”, disposto a mudar a imagem dos Estados Unidos perante os demais países.

“Obama é um presidente diferenciado. Se você pegar a história política do Obama, se você pegar a origem do Obama, se você pegar o tempo que ele está na política e se você pegar como é que ele chegou à presidência da República, obrigatoriamente ele vai fazer alguma coisa diferenciada nessa relação, porque faz parte da história dele. Eu saí muito convencido de que nós estamos diante de um homem jovem e inteligente e disposto, sabe, a dar passos importantes para, inclusive, mudar a imagem dos Estados Unidos diante do mundo”, disse Lula. (Edson Sardinha)

Confira a íntegra do Café com o Presidente:

Apresentador: Olá você em todo o Brasil. Eu sou o Luciano Seixas e começa agora o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente Lula, o senhor está em Nova York e nós estamos aqui nos estúdios da EBC Serviços, em Brasília. Como vai tudo bem?
Presidente: Tudo bem, Luciano.
 
Apresentador: Pois bem presidente. Neste final de semana o senhor teve o primeiro encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Como foi a conversa presidente?
Presidente: Olha, a conversa foi muito importante porque o Brasil já tem historicamente uma boa relação com os Estados Unidos e a eleição do presidente Obama permite que a gente possa aprimorar e aperfeiçoar as relações que nós já tínhamos com os Estados Unidos. Sobretudo neste momento em que a gente não pode discutir apenas os interesses normais nossos, de comércio, de biocombustíveis, de parceria estratégica, ou seja, nós estamos discutindo uma crise econômica sem precedentes e os Estados Unidos passam a ter um papel extremamente importante na solução dessa crise econômica, até porque ela nasceu dentro dos Estados Unidos. O que eu fiquei bem impressionado é que o presidente Obama tem clareza do tamanho da crise, tem clareza da responsabilidade dos Estados Unidos e tem clareza que é preciso estabelecer um consenso entre os países do G20 para que possamos tomar medidas capazes de debelar essa crise. Muito importante também foi a demonstração de interesse do presidente Obama de construir, junto com o Brasil, uma proposta para que a gente possa levar pro G20. As nossas equipes econômicas vão se reunir e eu acho isso muito produtivo porque como os Estados Unidos são a maior economia do mundo e a crise está mais profunda aqui é muito importante que tenha a disposição dos Estados Unidos de contribuir pra que a gente possa encontrar uma saída, eu diria, coletiva pra essa crise. Não é um problema dentro daquele país, é um problema de todos. Agora eu não conversei só sobre a crise. Eu disse ao presidente Obama que possivelmente um dos componentes para que a gente possa resolver o problema da crise é retomar a conversa sobre a Rodada de Doha, que é extremante importante. Ou seja, tem gente que acha que em função da crise é muito difícil retomar as negociações da Rodada de Doha. Eu acho que nós temos que vê-la, não como um empecilho, mas como uma saída ou um dos componentes para que a gente possa resolver o problema da crise, sobretudo, ajudando os países mais pobres que querem vender os seus produtos nos países mais ricos. Também discutimos muito sobre a América Latina. Eu já vinha discutindo isso com o ex-presidente Bush e retomei a conversa com o presidente Obama, de que é preciso que os Estados Unidos tenham uma nova visão na sua relação com a América Latina democratizada, com a América Latina que está crescendo, ou seja, uma América Latina que fez uma opção pelo desenvolvimento. E é importante que os Estados Unidos tenham uma visão de parceria e não de ingerência, uma visão de contribuição e não de intromissão. Eu penso que o presidente Obama está compreendendo isso e eu penso que nós poderemos avançar. No próximo mês vamos ter a Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago e eu penso que é um grande momento para que o presidente Obama tenha conversações com vários parceiros da América Latina.

Apresentador:  Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente, o senhor acha que o presidente Obama conseguiu entender a necessidade de mudar o olhar que hoje os Estados Unidos têm sobre a América Latina?
Presidente: Eu estou convencido disso, Luciano. Eu estou convencido que os Estados Unidos podem definitivamente ter uma outra relação com a América Latina. Nós não queremos Aliança para o Progresso, como foi feito na década de 60, nós não queremos a ingerência em função de perspectiva de luta armada. Na medida em que acabou a Guerra Fria, na medida que todo mundo está aprendendo a exercitar a democracia em sua plenitude, aliás estamos dando exemplo de democracia na América Latina com a eleição de todos nós que fomos eleitos nos últimos seis anos. Eu penso que os Estados Unidos precisam compreender, sabe, que a América Latina, que a América do Sul, estão num momento excepcional de fortalecimento das instituições, de fortalecimento da democracia e que os E

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