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Congresso em Foco
4/4/2007 | Atualizado às 19:48
Apesar do insistente caos nos aeroportos, que já dura seis meses, o ministro da Defesa vai continuar no cargo. “Waldir Pires vai continuar no cargo. Ministro sou eu que ponho e sou eu quem tiro. Eu quis pô-lo e se um dia eu tiver que tirá-lo, eu tirarei. Por enquanto não é essa questão", disse o presidente Lula na tarde de hoje. Ele tinha acabado de sair de um almoço no Itamaraty, com o presidente do Equador, Rafael Correa.
Na ocasião – em que criticou os transtornos aos passageiros (leia aqui) –, Lula elogiou a atuação da Aeronáutica, subordinada a Pires. "A Aeronáutica assumiu, como deveria desde o começo, a responsabilidade de manter a aviação aérea civil funcionando corretamente bem", declarou o petista. O presidente defendeu o comandante da força, o brigadeiro Juniti Saito. "Mais do que ninguém ele sabe como encontrar soluções. Agora, vamos esperar.”
A saída de Waldir Pires era uma séria possibilidade. Vários fatores indicavam isso. O primeiro é que o ministro administra um caos aéreo há seis meses sem solução. Na sexta-feira à noite, quando Pires estava fora de Brasília, os controladores de vôo pararam todos os aeroportos do Brasil. De início, o governo cedeu à pressão e chegou a prometer desmilitarizar do setor e aumentar o salário da categoria. Depois, recuou, prestigiando as Forças Armadas. Além dessa encrenca, Pires comanda a Infraero, estatal investigada pelo Tribunal de Contas da União por irregularidades na construção de aeroportos.
Some-se a tudo isso a pressão da oposição no Congresso, ávida por instalar a CPI do Apagão Aéreo. Apesar de ter sido derrubada no plenário da Câmara, a comissão de inquérito pode começar a funcionar graças a um recurso ao Supremo Tribunal Federal. Uma liminar já garantiu que o pedido de instalação não pode ser arquivado. Agora, falta uma decisão final dos ministros do STF. (Eduardo Militão)
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