O candidato tucano Geraldo Alckmin disse, em comício na noite de ontem (sábado, 21) em Porto Alegre, que, embora o presidente Lula dissemine a idéia de que um eventual governo do PSDB poderia levar a novas privatizações, "foi ele que privatizou o Banco do Estado do Ceará e do Maranhão".
"Eu não vou privatizar o Banrisul, nem outra estatal. Não fiz isso em São Paulo, com a Nossa Caixa, e não vou fazer como presidente", afirmou o ex-governador paulista, reafirmando um compromisso que o fez, na semana que passou, posar com uma camiseta repleta de adesivos de estatais.
Segundo o
site oficial da candidatura Alckmin, cerca de 7 mil pessoas participaram do comício, ao qual também estiveram presentes duas das principais estrelas do PSDB, os governadores eleitos de Minas,
Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra. De acordo com levantamento realizado entre os últimos dias 18 e 19 pelo Centro de Pesquisas do Correio do Povo (CPCP), Alckmin tem 53,9% e Lula 39,9% das intenções de voto dos gaúchos, que também lhe deram mais votos que a Lula no primeiro turno.
Alckmin enfatizou a atenção que dará à saúde, se for eleito, e criticou o tratamento dispensado à área pelo atual governo. "Depois que Serra saiu do Ministério da Saúde, acabaram-se os mutirões e as Santas Casas perderam qualidade", afirmou, ao lado da candidata do seu partido ao governo do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, à qual as pesquisas atribuem grande vantagem sobre Olívio Dutra, na disputa do segundo turno.
Em entrevista à imprensa, pouco antes, Alckmin, questionado sobre o envolvimento de Lula no caso do dossiê Vedoin, afirmou: "O presidente quer se passar de bonzinho e vai sacrificando os seus amigos, mas na realidade tudo isso se passa em seu governo, um governo que não funciona: a saúde piorou, tabela do SUS não é corrigida, e o País caminhou para trás na economia".