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Congresso em Foco
17/10/2006 | Atualizado às 23:50
A CPI dos Sanguessugas decidiu há pouco que não convocará para depor os ex-ministros da Saúde Barjas Negri (PSDB), Saraiva Felipe (PMDB), José Serra (PSDB) e Humberto Costa (PT). Por meio de acordo entre oposição e governo, a comissão resolveu que os quatro, que são suspeitos de envolvimento com a máfia das ambulâncias, serão convidados a comparecer para esclarecer dúvidas. O convite retira a obrigatoriedade da presença.
A reunião foi encerrada agora há pouco a pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que informou ao colegiado que teria início a ordem do dia no plenário da Casa. Com isso, a votação da convocação do empresário paulista Abel Pereira, acusado de ser o elo entre Barjas Negri e a Planam, ficou para um próximo encontro, que ainda não tem data definida.
Na reunião, foi aprovada a convocação de oito envolvidos no caso da compra do dossiê Vedoin: o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que se afastou da presidência nacional do PT e da coordenação da campanha de Lula por causa da repercussão do episódio; Jorge Lorenzetti, ex-diretor do Banco de Estado de Santa Catarina (Besc) e conhecido como "o churrasqueiro do presidente" Lula; Hamilton Lacerda, ex-assessor de imprensa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP); Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil; Osvaldo Bargas, ex-secretário-geral do Ministério do Trabalho no atual governo; Freud Godoy, ex-assessor especial de Lula; e Valdebran Padilha e Gedimar Passos, presos em São Paulo com R$ 1,7 milhão destinado ao pagamento pelo dossiê.
A CPI também decidiu quebrar o sigilo bancário e fiscal de Freud Godoy e convocar para depoimento Francisco Rocha, homem de confiança do ex-ministro da Saúde Humberto Costa.
Para o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da comissão, é fundamental que todos os ex-ministros compareçam à CPI. "A presença dessas pessoas na CPI não significa que elas sejam culpadas", enfatizou.
Os resultados da reunião, porém, não agradaram a todos. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Senado e integrante da comissão, ficou inconformada com o fato de não ter sido votada a convocação de Abel Pereira. "O Abel é uma peça-chave do esquema das sanguessugas, que começou no governo anterior. Ficou visível que o que aconteceu aqui foi um palanque eleitoral", declarou ela.
Outra senadora, Heloísa Helena (Psol-AL), criticou o acordo que substituição da convocação pelo convite aos ex-ministros da Saúde. Ela afirmou que não compactuaria com "esse tipo de acordo de conivência política".
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