O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou nessa terça-feira que, se eleito, enviará ao Congresso uma proposta de reforma política com três pontos principais: fidelidade partidária, voto distrital misto e o fim da reeleição.
"Com absoluta prioridade, vou tentar aprovar isso já no comecinho do ano que vem", disse o ex-governador paulista, destacando que o tema da reeleição deverá ser debatido no Congresso.
De acordo com Alckmin, durante entrevista à rádio BandNews FM, esse projeto de reforma deverá vir acompanhado da proposta de manutenção do mandato de quatro anos para o presidente da República. Em 1997, o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso foi acusado de comprar votos no Congresso para aprovar a emenda que permitiu a reeleição para os cargos de prefeito, governador e presidente da República.
Para Alckmin, não há necessidade de um governante permanecer por um período de cinco anos no Poder, como já defenderam alguns congressistas, pois o tempo atual é suficiente para a realização de um bom governo. "Se você começar a trabalhar firme no primeiro dia, tem grande possibilidade de fazer um grande mandato", comentou.
Ao mencionar o governo do presidente Lula, o pré-candidato do PSDB disse que as reformas e avanços que precisavam ser feitos não foram realizados, e dificilmente aconteceriam em um eventual segundo mandato. "Sempre tende a ser pior: mais difícil, com menos empuxo e menos novidade", analisou. "É um pouco mais da mesma coisa", acrescentou.