Em depoimento ao Conselho de Ética, que analisa o suposto envolvimento de João Paulo Cunha (PT-SP) com o mensalão, o deputado João Paulo Cunha disse que não sabia a fonte dos recursos, em referência ao saque de R$ 50 mil que sua mulher fez no Banco Rural."Para mim, o dinheiro vinha do PT e não de Marcos Valério. Eu não sabia".
Ele também declarou que já está condenado há um mês. "Em 6 de fevereiro, o jornal "Folha de S. Paulo" já dizia que eu seria cassado. Hoje, os jornais já dão até o placar da votação. Isso é um absurdo. Não admito que possa haver esse julgamento".
João Paulo pediu absolvição ao Conselho, dizendo que nunca quebrou o decoro parlamentar. "Eu nunca passei por uma situação tão constrangedora quanto essa. Eu não desejo essa situação para nenhum deputado. Isso é a destruição cabal do homem e, muitas vezes, da família. Isso eu vou levar para o resto da minha vida"
Anteriormente, o advogado de João Paulo Cunha, Alberto Zacharias Toron, pediu aos integrantes do Conselho que não julguem o parlamentar sem que antes as denúncias sejam devidamente apuradas pela Justiça. "Como podemos condenar algo que ainda não foi totalmente apurado? Isso fere a consciência jurídica e ética de qualquer cidadão", afirmou.
No momento, a reunião está suspensa. Em seguida será lido o voto do relator do processo, deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS).