O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) disse hoje, em Fortaleza, que o seu partido não fugirá à tradição e deve encontrar um candidato de consenso para disputar a presidência da República até o final de março, quando acaba o prazo de desincompatibilização dos ocupantes de cargos executivos que pretendem concorrer a outros mandatos eletivos.
Segundo as pesquisas eleitorais, o nome de Alckmin tem bem menos apoio popular do que a do outro possível candidato tucano à sucessão de Lula, o prefeito de São Paulo, José Serra. Na opinião do governador, porém, as pesquisas não devem servir de base para a escolha do candidato.
Ele lembrou que, em 1994, quando disputou a sucessão presidencial pela primeira vez, Fernando Henrique Cardoso começou a campanha com 6% das intenções de voto. "Eu tenho 20%", ressaltou. "A campanha só começa mesmo com o horário no rádio e na televisão".
Alckmin voltou a criticar o governo Lula, definindo-o como uma "gestão de frouxidão ética". O governador participa abora à noite, na capital cearense, da sessão de abertura de um seminário sobre responsabilidade social, ao qual também comparecerão os governadores do Ceará, Lúcio Alcântara e da Paraíba, Cássio Cunha Lima (ambos do PSDB).