Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
1/9/2008 | Atualizado às 21:48
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou há pouco que o presidente Lula anunciará ainda hoje (1º) uma medida contra o abuso supostamente praticado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo matéria publicada na revista Veja desta semana, um funcionário da Abin teria levado à revista a gravação ilegal de um diálogo por telefone entre o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, e o parlamentar goiano.
Para Demóstenes, o responsável pelos grampo no STF deve ser punido imediatamente. "Alguém tem que cair. Se foi o ministro da Justiça o responsável, como imputam alguns, inclusive de seu próprio partido, tem de ser ele. Se foi o general Jorge Armando Félix [chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República], tem de ser ele. Se for o Paulo Lacerda [diretor da Abin], tem de ser ele. E se forem funcionários querendo boicotar o Paulo Lacerda, que se afastem dez, vinte, trinta, cinqüenta", disse Demóstenes. "É preciso que haja um enquadramento, e foi isso o que dissemos ao presidente."
As declarações de Demóstenes foram proferidas há pouco, depois da conversa que teve no Palácio do Planalto com o presidente Lula, em reunião da qual também participaram o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) e o senador petista Tião Viana (AC), além do vice-presidente da República, José Alencar, e do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix.
“O presidente Lula disse que a situação era grave. E a situação é grave mesmo”, declarou Demóstenes, dizendo a suposta escuta telefônica no STF agride não só a instituição. “Qualquer grampo ilegal agride a sociedade. Mas, nesse caso, há a evidência de que houve rompimento do Estado Democrático de Direito”, disse, justificando que um dos Poderes (Executivo), colheu, "indevidamente", informações sobre outros dois Poderes (Legislativo e Judiciário).
De acordo com Demóstenes, que defendeu a reativação da Comissão Mista de Controle da Inteligência, Lula reafirmou a confiança no diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, e disse que ainda não tomou uma providência para não se “antecipar” às investigações que a própria agência realizará internamente, além da que a Procuradoria Geral da República encaminhará à sua divisão no Distrito Federal (leia).
Demóstenes disse ainda que Lula estava "muito tranqüilo" durante a reunião, e que chegou a relatar parte da conversa que teve com o ministro Gilmar Mendes. Interlocutores do governo disseram que o presidente do STF não estaria contente com apenas a abertura de sindicância interna na Abin para apurar responsabilidades, e teria exigido punição imediata aos responsáveis pelo grampo.
A suposta ingerência da Abin e a questão das escutas telefônicas ilegais são o tema da reunião política que acontece neste momento no Palácio do Planalto. O senador Garibaldi Alves disse mais cedo que, se não forem tomadas providências pelo Planalto, uma CPI pode vir a ser criada para tratar do assunto (leia). (Fábio Góis)
Leia também:
Grampos: senador do PTB pede impeachment de Lula
Temas
DEFESA DA ADVOCACIA
OAB pede reunião urgente com INSS após postagem sobre benefícios
AGENDA DO SENADO
Pauta do Senado tem isenção do IR e proteção a direitos sociais
A revolução dos bichos
Júlia Zanatta diz que galinha pintadinha é "militante do PSOL"
TENTATIVA DE GOLPE
STF começa na sexta a julgar recurso de Bolsonaro contra condenação
SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda o projeto de lei antifacção e o que muda no combate ao crime