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Congresso em Foco
13/3/2007 | Atualizado às 14:52
O governo federal utilizará todos os recursos destinados à construção civil, cerca de R$ 106 bilhões em quatro anos, previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A garantia foi dada hoje pelo presidente Lula, na abertura da Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon), no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
"Não ficaremos com dinheiro em caixa para engordar o superávit primário no final do ano", disse o presidente. Segundo Lula, caso as prefeituras e os governos estaduais não apresentem projetos de construção civil, como de urbanização de favelas, no âmbito do PAC, a União transferirá automaticamente as receitas para outros entes da federação.
"Agora é a lei do 'pão pão, queijo queijo'. E se uma parte não cumprir sua obrigação, o projeto vai para outra parte", ameaçou o presidente, informa a Agência Estado.
Segundo Lula, o país vive um "momento mágico" na macroeconomia. "Sem decreto, sem lei, sem mágica, os juros continuarão caindo e o câmbio vai se valorizando", afirmou Lula, ao responder a uma cobrança feita pelo empresário Melvyn Fox, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), sobre a redução da taxa de juros.
O presidente afirmou considerar natural que os empresários façam cobranças sobre juros e câmbio. "Essas cobranças acendem uma luz amarela, [dizem] que temos que dar um passo a mais, mesmo depois de uma caminhada inteira", declarou.
Violência
Lula responsabilizou os governos anteriores pela onda de violência que assola o país. O presidente afirmou que seus antecessores, tanto "presidentes e ministros", depois de eleitos "achavam que não precisavam ouvir mais ninguém". Segundo Lula, "a terceirização dos destinos nacionais festejada por alguns como sinônimo de modernidade e por outros como garantia de eficiência" deixou a população à margem das decisões nacionais.
"Comportamento exemplar"
Mais cedo, Lula destacou o "comportamento exemplar" do PT na reforma ministerial. "O PT teve um comportamento exemplar, civilizado. Todos os partidos sabem que quem tem de montar o ministério sou eu", disse. "Obviamente que é normal que os partidos digam que gostariam de participar, que cargos gostariam de ter, que nomes gostariam de apresentar. Mas isso fica na escolha do presidente da República, que pode atender ou não", complementou.
O presidente também afirmou que o clima para a reforma é de "tranqüilidade". "Acho que houve poucos momentos na história do Brasil, a não ser na época do regime militar, que o presidente teve tanta tranqüilidade de montagem de seu governo".
"Eu não tenho pressa, eu não tenho data, ninguém está me cobrando nada. É um problema claramente meu, que eu vou fazendo na medida em que eu acho que deve ser feito", declarou. Questionado se ele poderia anunciar a reforma ministerial ainda nesta semana, Lula disse: "Posso, mas também posso não anunciar".
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