O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), afirmou hoje que o partido tem programa de governo para o país diferenciado de tudo que já foi apresentado e que seria desastroso para a legenda não ter candidatura própria. "São 22.751 correligionários que desejam a candidatura própria haja ou não haja verticalização", disse Temer.
A declaração foi dada na manhã de hoje, em São Paulo, em uma reunião entre Temer e os pré-candidatos do PMDB à sucessão presidencial: o ex-governador e secretário licenciado do Rio, Anthony Garotinho, e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Temer rechaçou a hipótese de adiamento das prévias do partido.
"Adiar as prévias é uma violência contra a base partidária, que precisa se manifestar fortemente e evitar esse golpe contra o PMDB. É impressionante a mobilização do PMDB a favor da candidatura própria. Adiá-las é jogar um balde de água fria na militância", disse Rigotto.
Garotinho jogou a culpa no Planalto. "É uma tentativa de golpe contra as bases do PMDB. Vejo a mão oculta do PT e do governo patrocinando este movimento dentro do PMDB, porque o PT sabe que está desgastado e teme um candidato que represente uma nova opção para o país", disse o ex-governador.
Na reunião, definiram-se as principais diretrizes em defesa da realização das prévias do partido. Para Temer, até o dia 19 acontecerão muitos atos para a operacionalização das prévias.