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Mulheres no poder

Mulheres na liderança é estratégia para o presente e futuro do Estado

Apesar dos avanços, as mulheres continuam longe dos principais espaços de decisão no serviço público.

Gabriela Perfeito

Gabriela Perfeito

Jessika Moreira

Jessika Moreira

16/5/2025 17:52

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Mesmo com os avanços das últimas décadas, as mulheres seguem sendo minoria nos espaços de poder e decisão do Estado brasileiro. As servidoras mulheres, ademais, estão majoritariamente alocadas em pastas sociais e associadas ao cuidado tais como Educação, Saúde e Assistência Social. Enquanto isso, as pastas gerenciais, econômicas e financeiras, como Fazenda, Planejamento, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, seguem predominantemente ocupadas por homens, revelando um padrão persistente de exclusão das mulheres dos núcleos de decisão do Estado.

No Ministério das Relações Exteriores (MRE), por exemplo, apenas 23% dos cargos de diplomata são ocupados por mulheres, mesmo estas representando quase metade da força de trabalho no serviço público federal. Na função de embaixadoras, elas são somente 21,1%, sendo a maioria designada para postos considerados periféricos ou não estratégicos, como revela o relatório Participação de Mulheres no Serviço Exterior Brasileiro, do MRE, com dados de agosto de 2024.

Essa sub-representação, entretanto, não é exclusividade do MRE. Em todo o serviço público, a desigualdade persiste. Segundo o estudo Desigualdade de Gênero em Cargos de Liderança no Executivo Federal, realizado pelo Movimento Pessoas à Frente, mulheres ocupavam, em dezembro de 2023, apenas 42,4% dos cargos de liderança no Executivo Federal, e esse número despenca para 27% nas posições mais altas da burocracia.

As barreiras enfrentadas pelas servidoras públicas são múltiplas e estruturais: desde a desigual distribuição das responsabilidades de cuidado, passando por violências simbólicas e institucionais, até a ausência de políticas claras de ascensão e permanência, conforme mostra a pesquisa Mulheres em Cargos de Liderança na Burocracia Federal, coordenada por Michelle Fernandez (UnB) para o Movimento Pessoas à Frente. Dentre as entrevistadas, a principal barreira encontrada é conciliar o trabalho de cuidado e a maternidade (71%) e a estrutura machista que encontram no ambiente profissional (64%).

Importante frisar que a diversidade de gênero não é um fim em si mesmo. Ambientes que valorizam a equidade tendem a reduzir assimetrias de poder características do assédio moral e sexual. Ambientes mais diversos, portanto, contribuem diretamente para a construção de um setor público mais seguro, respeitoso, comprometido com a dignidade dos trabalhadores e, por consequência, mais eficiente.

Nesse contexto, é essencial a atuação da sociedade civil tanto para a visibilidade do tema quanto na capacitação e valorização de lideranças femininas para que as mulheres ocupem e permaneçam em lugares que durante muito tempo foram destinados apenas aos homens.

Promover e garantir a permanência de mais mulheres na liderança pública faz com que o Brasil não apenas avance na construção de um serviço público eficaz, como também reafirma seu compromisso com uma agenda de desenvolvimento sustentável e de justiça global. A escassez de lideranças femininas especialmente de mulheres negras revela um padrão excludente que fragiliza não apenas a representação democrática, mas a própria efetividade do Estado.

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