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Trabalho e bem-estar
8/9/2025 14:00
Falar sobre saúde mental no ambiente corporativo deixou de ser um tabu e passou a ser uma urgência. Mais do que oferecer benefícios ou palestras pontuais, promover o bem-estar emocional no trabalho exige estratégia, empatia e, sobretudo, presença ativa do setor de Recursos Humanos.
O RH tem a responsabilidade de cuidar de pessoas, mas, na prática, isso vai além de processos seletivos, treinamentos e planos de carreira. Significa entender o ser humano por completo, em suas múltiplas dimensões, e isso inclui acolher suas vulnerabilidades, respeitar seus limites e criar um ambiente onde seja possível falar sobre sofrimento psíquico sem medo de julgamento.
Nos últimos anos, a saúde mental ganhou centralidade na gestão de pessoas. Não apenas porque aumentaram os índices de adoecimento, mas porque se reconheceu, enfim, que produtividade e bem-estar caminham juntos. Colaboradores emocionalmente saudáveis se comunicam melhor, tomam decisões mais assertivas, são mais criativos e trabalham de forma mais colaborativa. Ou seja: todos ganham.
Mas como transformar esse discurso em prática?
O primeiro passo é ouvir. Escutar ativamente os colaboradores, entender suas dores, ansiedades e expectativas. O segundo é agir: criar políticas claras de saúde emocional, promover campanhas internas de conscientização, capacitar lideranças para lidar com o tema e garantir que o ambiente organizacional favoreça o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Também é essencial investir em programas que promovam a saúde integral dos colaboradores, unindo corpo e mente. Iniciativas que envolvem acompanhamento nutricional, incentivo à prática de atividades físicas, suporte psicológico, orientação sobre qualidade do sono e gestão do estresse têm se mostrado extremamente eficazes na prevenção de doenças e na construção de uma cultura corporativa mais saudável.
Hoje, muitas empresas vêm adotando políticas que oferecem, por exemplo, acesso gratuito à psicólogos, acompanhamento individualizado por nutricionistas, ações que incentivam a atividade física em grupo e apoio emocional para questões familiares e pessoais. Esses programas demonstram responsabilidade social e corporativa, mas também refletem diretamente nos índices de engajamento, retenção de talentos e qualidade de vida no trabalho.
É preciso lembrar que o cuidado com a saúde mental não se resume a intervenções pontuais. É uma construção contínua, que exige comprometimento genuíno e visão de longo prazo. E o RH, como guardião da cultura organizacional, tem o poder de liderar essa transformação.
Promover saúde mental nas empresas não é apenas uma tendência. É um imperativo ético, humano e estratégico. E o RH, quando atua com propósito, sensibilidade e coerência, torna-se um agente de mudança real na vida das pessoas e, consequentemente, no sucesso da organização como um todo.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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