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Conflito internacional

Ucrânia diz esperar que Brasil condene ataques da Rússia e pede ajuda humanitária 

Houve bombardeio à cidade de Kiev, na Ucrânia, desde às 5h da madrugada desta quinta. Governo local pediu envio de armas e combustível.

Melissa Fernandez

Melissa Fernandez

24/2/2022 | Atualizado às 14:27

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bombardeio na cidade de Kiev, na Ucrânia, começou às 5h da madrugada desta quinta. Governo local pede envio de armas e combustível. Foto reprodução/gabinete do presidente da Ucrânia

bombardeio na cidade de Kiev, na Ucrânia, começou às 5h da madrugada desta quinta. Governo local pede envio de armas e combustível. Foto reprodução/gabinete do presidente da Ucrânia
Frente à invasão militar da Rússia, o encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, pediu nesta quinta-feira (24) que países como o Brasil condenem os ataques e enviem ajuda humanitária, além de armas e combustível. "A Ucrânia sabe perfeitamente que as promessas do presidente russo não valem nada. Nós estamos em contato com as autoridades brasileiras e esperando que o Brasil condene o ataque russo à Ucrânia. Neste momento prezamos sinais fortes para convencer a Rússia a cessar as hostilidades, gostaríamos de condenações aos ataques e sanções internacionais", afirmou. O representante solicitou ainda suporte do Brasil e da comunidade internacional para amparar os cidadãos vítimas do ataque. "Além disso, precisamos agora de ajuda humanitária, combustíveis e armas defensivas para que o nosso povo possa se defender", disse. Tkach comentou ainda sobre a visita de Jair Bolsonaro ao presidente Vladimir Putin, realizada na semana passada. Segundo ele, houve convite feito ao presidente brasileiro para visitar a Ucrânia em outra oportunidade. "Nós expressamos uma esperança que o presidente possa equilibrar com uma visita à Ucrânia". Os ataques se iniciaram na madrugada desta quinta depois de pronunciamento de Vladimir Putin. Bombardeiros começaram às 5h da manhã em territórios temporariamente ocupados, de Donatsk e Lugansk, além de regiões como a península da Crimeia e outras cidades pacíficas ucranianas. Os países são marcados por enfrentar tensões geopolíticas históricas, as quais se intensificaram neste mês de fevereiro após pressões externas. Nesta manhã, o ministério das Relações Exteriores pediu o fim do conflito militar e apela para uma solução diplomática da disputa, mas sem citar culpados ou condenar qualquer ataque feito. "O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil", disse em nota.

Congressistas brasileiros repudiam ataques à Ucrânia

Já a Comissão das Relações Exteriores na Câmara dos Deputados se posicionou contra os bombardeios e apontou que a Rússia está violando normas internacionais e colocando em risco a democracia. A nota, assinada pelo presidente da comissão, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), pede a atuação do Conselho de Segurança da ONU, ao qual o Brasil ocupa uma cadeira, para a resolução do conflito por meio do diálogo. Leia a íntegra: "A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados repudia, de forma veemente, os ataques perpetrados, nesta quinta-feira (24/02), contra o território ucraniano. Os bombardeios russos contra a Ucrânia, país soberano que conquistou sua Independência em 1991, violam as regras e normas internacionais e deve ser fortemente condenado pelas instâncias multilaterais e os governos democráticos. Reiteramos que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU) é a instância adequada para a resolução pacífica dos conflitos e encorajamos o Brasil, por meio de sua diplomacia e com assento neste órgão da ONU, para que atue de forma objetiva e clara em benefício do diálogo e da construção de uma agenda de paz e segurança duradouros." O senador Humberto Costa (PT-PE), membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, adota discurso semelhante, e critica ainda a visita de Bolsonaro à Rússia mesmo ciente de uma possível evolução do cenário. Ele avalia que o Brasil pode ser prejudicado em razão da presença do mandatário no país. "Tudo o que a gente não deveria fazer era se meter, e o Bolsonaro terminou cometendo o erro de se meter, e acho que o Brasil vai pagar um preço. A posição de Bolsonaro jogou fora uma tradição de uma diplomacia brasileira independente, de altíssima qualidade, que sempre trabalhou na linha de construção da paz. Ele se meteu nessa briga aí sem nenhuma razão, nenhum fundamento. Eu espero que tenhamos uma saída política e diplomática o mais urgente possível, porque essa disputa pode se ampliar", conclui.

Ex-ministro da Justiça analisa situação

O Congresso em Foco conversou com Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça e hoje professor da faculdade de Direito Internacional da Universidade de Brasília. Ele aponta que o Brasil não deve sofrer muitos abalos políticos ou econômicos com o novo desenrolar da disputa. Ao contrário do que argumenta o senador Humberto Costa, o especialista avalia que a visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia não surtiu tantos efeitos negativos que possam trazer impactos nocivos ao país. Ele explica que o conflito deve ser enxergado sempre num contexto global, bem como os personagens da comunidade internacional, e aponta que o Brasil já está "apagado" dos holofotes internacionais devido ao fraco protagonismo do chefe do Planalto em encontros anteriores com demais líderes estrangeiros. "A visita do Bolsonaro foi insignificante. Primeiro que o convite foi feito há mais de ano atrás, e o Brasil está completamente esvaziado no diálogo internacional. Nem os veículos russos repercutiram tanto a visita. A ida do presidente foi mais na intenção de buscar incentivar a diplomacia, buscar o diálogo", avaliou.  Segundo Aragão, a diplomacia brasileira, no momento, se dedica em manter a neutralidade, postura de costume adotada pelo Itamaraty em outros episódios de conflitos armados. Ele afirma que é uma preocupação manter-se distante da disputa, e adotar posição de neutralidade quanto à invasão na Ucrânia.  "A diplomacia brasileira busca neutralidade. A melhor coisa é o Itamaraty manter distância desse conflito, esse conflito não é nosso", diz.
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