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11/8/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:33
A tragédia expõe muitos equívocos, mas deixa uma certeza. O coronavírus chegou ao país em um momento em que pesquisas científicas eram postas em dúvida por autoridades e quando investimentos no setor eram cortados. Pesquisas de instituições públicas, custeadas com recursos públicos, nos ajudaram a compreender melhor o vírus e o avanço da epidemia, com o desenvolvimento de equipamentos mais baratos, essenciais para salvar vidas.
Alertas de autoridades de saúde indicam que o surto brasileiro ainda está longe do fim. Se nada mudar e continuarmos com mais de mil mortes por dia, podemos chegar a 200 mil vítimas em no máximo cem dias.
Se esse quadro persistir, as mortes do engenheiro Sérgio Campos Trindade, da maestrina Naomi Munakata, do artista Daniel Azulay, do empresário Florindo Corral, do bispo católico Aldo Pagotto, do músico MC Dumel, do professor e líder indígena amazonense, Higino Tuyuka, do também professor e amazonense Manuel Rodrigues Terceiro, do ativista Altamiro Moyses Zimerfogel, do compositor Aldir Blanc, do escritor Sérgio Sant'Anna, do economista Carlos Lessa, do jornalista Rodrigo Rodrigues, do Ricardo Maeda, da Erika Regina, da Abadia de Fátima Alves, do nosso amigo Roberto Augusto dos Santos, do caminhoneiro Ademar de Jesus, da dona de casa Cecília Cardoso, do enfermeiro Cícero Romão, e de tantos outros, inumeráveis, filhos, pais, avós e amigos, terão sido em vão.

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