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11/5/2017 | Atualizado às 11:56
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Até agora, nem o juiz Sergio Moro nem o acusado Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República do Brasil, reivindicou o título de Barão de Curitiba.
E nem era de esperar-se que a oitiva do réu terminasse com um deles detonando o outro. Só ingênuos pouco familiarizados com a Justiça sonhavam com Moro forçando Lula a confessar que comeu nas mãos das empreiteiras, ou Lula provando que o verdadeiro objetivo de Moro é impedir sua candidatura a presidente em 2018...
Deu para notar-se um insistente empenho de Moro em arrancar algo mais de Lula, embora o fizesse sempre de forma educada e respeitosa. Podemos conjeturar que ele não alongaria tanto o interrogatório no caso de um réu que não equivalesse a um troféu, mas a coisa para por aí: ninguém pode recriminar um juiz por ser zeloso.
Quanto a Lula, a derrapada mais marcante foram suas hesitações ao tentar explicar o encontro que manteve com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o sócio da OAS Léo Pinheiro, articulado pelo então tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Pareceu estar pisando em ovos, o que pode ter algo a ver com as atuais negociações de Duque para fazer delação premiada. Dependendo do que vier pela frente, sua credibilidade poderá ficar bem arranhada.
Eu, particularmente, preferiria que ele não parecesse estar insinuando que Marisa Letícia teria alguma responsabilidade no imbróglio do triplex, mas sei que me atenho a valores morais do passado, hoje em desuso...
De resto, nada ocorreu com importância e/ou impacto suficientes para influir na sentença que Moro deverá anunciar lá pela metade do ano, nem para servir como um poderoso trunfo positivo ou negativo na próxima campanha eleitoral do Lula (caso ele não venha a estar impedido de disputar o pleito).
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