Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Autoria e responsabilidade de Dr. Rosinha
26/4/2017 8:00
[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]O romance é não-ficção. A história de Marco é ficção. Marco começa a construir sua (mentira) história-ficção na juventude, atribui-se um passado de lutador contra a ditadura franquista. Mistura fatos com mentiras e, assim, vai traçando sua autobiografia.
Muitos desejam ter algo, sem ser alguém. Alguns desejam ser alguém, não se importando em ter. Muitos desejam ser aquilo que não são. Marco é este caso: ser o que não é.
Vivemos uma época em que há impostores (gente querendo ser o que não é) em todas as instituições e por todos os lados. O Brasil não é exceção. Eric Marco foi desmascarado quando já tinha mais de 80 anos de idade.
Espero que, para cair a máscara da impostura que representa a Operação Lava Jato, não seja necessário tanto tempo. Enric Marco tinha que, assim como deve ser com os membros da Lava Jato, todos os dias fazer exercícios mentais de como não esquecer a história que inventou e, a cada dia, retomar o mesmo fio da meada, continuar a desenrolá-lo para criminalizar as suas vítimas.
Nestes mais de 80 anos, não sei quantas vezes Marco entrou em contradição. Os membros da Lava Jato, apesar de negarem, já perderam as contas, mas a recuperam com a ajuda de computadores e da Rede Globo.
Enric Marco não tinha provas de ter estado dentro de um campo de extermínio, formou a convicção de que lá esteve e convenceu muita gente.
Vargas Llosa no artigo, "La era de los impostores", escreve:
¿Que Marco era, que es, un narciso codicioso de publicidad, un ávido mediópata, obsesionado por salir siempre en la foto? [.]. Pero su enfermedad es una enfermedad de nuestro tiempo, la de una cultura en la que la verdad es menos importante que la apariencia, en la que representar es la mejor (acaso la única) manera de ser y de vivir.
La ficción ha pasado a sustituir a la realidad en el mundo que vivimos y, por eso, los mediocres personajes del mundo real no nos interesan ni entretienen. Los fabuladores, sí.
Os membros da Lava Jato não têm provas de que o Lula cometeu crimes, mas têm a convicção. Ocorre que Marco não precisava provar que esteve num campo de extermínio, bastava convencer. Mas Moro tem que provar que há crime.
"Gritar que há uma bomba não a desarma, é preciso ir até ela e desativá-la."
Mais sobre crise brasileiraTags
Temas