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Justiça vê "fundamento" para Marin ser chamado de dedo duro e ladrão de medalha

Celso Lungaretti

Celso Lungaretti

27/5/2014 | Atualizado 28/5/2014 às 0:20

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O juiz José Zoéga Coelho, do Fórum da Barra Funda, decidiu que o jornalista Juca Kfouri, neste artigo de julho de 2013, não cometeu crime contra a honra do presidente da CBF, José Maria Marin, ao atribuir ao dito cujo "os cabelos brancos manchados pelo dedo duro, pelo elogio ao torturador, pela medalha surrupiada, o gato disfarçado e o terreno público apropriado sem cerimônia" (leia o artigo). Segundo o magistrado, "nenhuma das críticas desferidas contra o querelante [Marin] estava destituída de um mínimo fundamento de fato". O dedo duro se refere ao fato de ter sido Marin um dos deputados que criticaram a orientação supostamente esquerdista do Departamento de Jornalismo da TV Cultura às vésperas da incursão do DOI-Codi contra os profissionais da emissora, da qual resultou o assassinato de Vladimir Herzog. O torturador repulsivamente elogiado em pronunciamento na Assembleia Legislativa foi o delegado Sérgio Paranhos Fleury, tocaieiro de Carlos Marighella. A medalha surrupiada pertencia a um garoto que venceu a Copa São Paulo de Futebol Júnior. E por aí vai. Um sapo que Marin vai ter de engolir é o juiz haver passado recibo de que inexistiu, por parte de Kfouri, "deliberado propósito de falsear ou distorcer qualquer fato". O meritíssimo matou a cobra e mostrou o pau: "A questão da medalha foi fartamente divulgada pela mídia em geral, inclusive televisiva. A proximidade do querelante com o regime militar é fato absolutamente notório. Mais não seria necessário dizer que o querelante exerceu mandato parlamentar por partido político governista ao tempo do mencionado regime. E desde sempre se soube que o referido regime empregou violência contra seus opositores. Isto é fato mais que notório. É fato histórico. A existência da errada instalação elétrica em apartamento de propriedade do querelante, em prejuízo do vizinho, foi confirmada por testemunhas idôneas. E, finalmente, a apropriação de área pública, ainda que indiretamente, estava relacionada de alguma forma com terreno de propriedade do querelante". Ora, se tudo isto é verdade, como poderá o sr. José Maria Marin posar de autoridade máxima do futebol brasileiro ao longo de um Mundial da Fifa? Ele vai, isto sim, matar de vergonha os brasileiros decentes. Vai nos fazer passar por desmemoriados e despudorados. Vai nos tornar motivo de opróbrio aos olhos do mundo inteiro. Por conta da pusilanimidade de quem, em tempo hábil, não mexeu uma palha para evitar que tal ignomínia se consumasse. Valha quanto valer, eu deixo aqui registrado meu mais veemente e indignado protesto. * Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com Mais sobre a ditadura militar Mais sobre Copa do Mundo de 2014 Nosso jornalismo precisa da sua assinatura
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