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Estratégia de Lula divide-se entre a necessidade de maior segurança e a reação à intimidação que possa paralisar atividades por medo

Rudolfo Lago

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13/7/2022 | Atualizado às 16:53

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Lula resistiu a reforçar sua segurança pessoal. Até o assassinato de Marcelo Arruda no fim de semana. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Lula resistiu a reforçar sua segurança pessoal. Até o assassinato de Marcelo Arruda no fim de semana. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Até o fim de semana, o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, não estava muito preocupado com a sua segurança pessoal. Àqueles que insistiam que ele precisava se preservar mais, evitar aglomerações, tomar mais cuidado, Lula desdenhava, dizendo acreditar que tudo era mais bravata do presidente Jair Bolsonaro e de sua trupe bolsonarista. Tudo mudou depois do assassinato de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu. Lula passou a considerar que a retórica de Bolsonaro de fato funciona como uma espécie de autorização à violência. Das bombas de fezes, que já eram graves, a coisa cresceu para a trágica produção de uma primeira vítima. O país está lotado de clubes de tiros. E estratégias de aumentar a violência e a tensão são discutidas em grupos do tipo .cham, como o que foi descoberto por Lucas Neiva, aqui no Congresso em Foco. Lula reforçou sua segurança, com a entrada na equipe desde a semana passada do general Gonçalves Dias. O general, que trabalhou com Lula nos seus dois governos, passou a coordenar o núcleo de proteção do candidato, tarefa que divide com Valmir Moraes, que faz a segurança do ex-presidente desde 2011. Segundo informações, está usando colete à prova de balas. E passou a tomar maiores cuidados. Há muitas falhas, porém, que precisam ser corrigidas. O ato que aconteceu em Brasília na terça-feira (12) foi em um local fechado, justamente para obter maior segurança. Todas as mais de cinco mil pessoas que estiveram no Centro de Convenções tiveram que passar por detectores de metal. Mas não houve uma revista cuidadosa de bolsas e mochilas. Tanto isso é verdade que um homem entrou no salão portando pelo menos dois sinalizadores - pelo menos, ele acendeu dois sinalizadores, poderia ter mais de dois com ele. Acender sinalizadores em ambiente fechado foi o elemento causador da tragédia na boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, quando morreram mais de 200 pessoas. No mínimo, uma explosão mais forte ali provavelmente provocaria pânico. E o que aconteceria se o tal sujeito tivesse entrado com uma arma, e não com sinalizadores? O que fazia Lula resistir até o assassinato de Marcelo Arruda a um esquema mais rigoroso de proteção e segurança é uma avaliação que há também em seu comando de campanha sobre o risco do efeito paralisante do processo de terror e intimidação. Na avaliação do comando, de certa forma os grupos que impõem um clima de violência à campanha eleitoral já têm de certa forma algum sucesso na sua estratégia. Já conseguem fazer com que não pareça nas ruas assim tão visível a vantagem que Lula tem na corrida eleitoral, de acordo com as pesquisas. Segundo as avaliações dos institutos, Lula tem ampla vantagem sobre Bolsonaro, com chances talvez até de definir o páreo no primeiro turno. Mas isso não aparece de forma assim tão evidente nas ruas. Os eleitores de Lula parecem, por exemplo, estar evitando colocar adesivos em seus carros. Andar com camisetas. Têm medo que seus veículos sejam arranhados, de serem xingados nas ruas. A tragédia com Marcelo Arruda mostra que o risco é maior, e real. Militantes estão sendo aconselhados a ir para os atos políticos somente em grupo. O resultado desse processo de intimidação, se ele não torna mais vistoso o apoio eleitoral que Lula teria, segundo as pesquisas, é a produção do tal "data povo", como o bolsonarismo gosta de repetir. Mais adesivos de Bolsonaro, mais camisetas de Bolsonaro, mais cartazes do presidente nas ruas passam a impressão visual de que ele estaria mais forte que seu adversário. Assim, nos discursos de terça-feira de Lula e dos demais líderes ficou nítido o esforço para pedir a todos que não se intimidem. É a busca de um delicado equilíbrio entre a necessidade de evitar maiores tragédias sem, porém, paralisar o processo normal de mobilização que precisa haver em uma eleição. Em 2002, a atriz Regina Duarte apareceu em uma campanha do candidato tucano José Serra, então adversário de Lula, para dizer que tinha "medo" pelo que viria a acontecer caso o petista vencesse. Na ocasião, porém, era um medo falso, que Lula soube desfazer com a Carta aos Brasileiros e outras atitudes. Que gerou um slogan: "A esperança venceu o medo". Agora, o sentimento inverteu-se. E o medo que há é real. Os petistas trabalham que ele não venha a ser suficiente para paralisar a sua esperança.
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PT violência josé serra Jair Bolsonaro Regina Duarte Luiz Inácio Lula da Silva bolsonarismo eleições 2022

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