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O país da marcha-à-ré

Rudolfo Lago

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5/4/2022 16:08

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Nem Pelé conseguiu transformar o drible da vaca em gol. Que dirá os pernas de pau da política. Foto: Reprodução

Nem Pelé conseguiu transformar o drible da vaca em gol. Que dirá os pernas de pau da política. Foto: Reprodução
Desde a semana passada, a disputa eleitoral brasileira deixou de ser uma corrida para a frente para virar uma espécie de competição entre manobristas. Em vez avançar, os candidatos optam pela marcha-à-ré. Especialmente na formação da tal terceira via, a procura por um nome alternativo à polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o presidente Jair Bolsonaro, do PL. O show de idas e vindas que envolveu o governador de São Paulo, João Doria, e o ex-juiz Sergio Moro é inacreditável. Aparentemente, Doria tentou fazer um gol com aquele drible de corpo que Pelé tentou na Copa de 1970 e não conseguiu. Ou que, na política, Jânio Quadros tentou em 1961 e também não conseguiu. O "fez que foi, mas não foi" de Pelé em 70 resultou em uma das jogadas mais lindas da história do futebol. Mas não virou gol contra o goleiro Marzukiewski, do Uruguai. E o drible da vaca de Jânio foi um completo desastre: com ele, a vaca brasileira começou a ir para o brejo do golpe militar de 1964. O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected]. No caso de Doria, o drible da vaca não resultou ainda em gol nem em brejo. Simplesmente parece ter adiado um desfecho que não tem muita chance de resultar em gol para ele. Se Doria queria garantir que o candidato do PSDB era ele, não conseguiu. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, segue no páreo. Se queria garantir que o candidato da terceira via seria ele, menos ainda. Saiu do episódio enfraquecido. Se conseguiu garantir que o candidato do PSDB e da terceira via seja ele, ainda é um candidato do, no máximo, 3% das intenções de voto. Já no caso de Sergio Moro, a vaca do ex-juiz parece ter mergulhado até o pescoço no atoleiro. Nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, Moro era retratado em grandes bonecos infláveis vestido de Super-Homem. Sua decisão de largar a magistratura para virar ministro da Justiça de Jair Bolsonaro já pareceu um primeiro drible meio estranho. Então, mais adiante ele saiu atirando do governo, mas o que ele denuncia não consegue de fato transformar em prova. Ao contrário, toda essa movimentação na qual deixou de ser juiz para virar ministro firmou nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a convicção de que ele não teria julgado com isenção. Os processos acabaram anulados. Então, Moro se torna candidato à Presidência pelo Podemos. A coisa parece que vai, mas retrocede. Moro fica patinando nas pesquisas na faixa dos 7%. Larga o Podemos aparentemente sem avisar a direção do partido. Vai para o União Brasil, que agora também parece não querê-lo. A vaca do drible de Moro acabou por chifrá-lo. Bolsonaro tem uma vantagem na corrida eleitoral. Como presidente, ele produz fatos que podem mantê-lo sempre em evidência. Mas então Bolsonaro também se vale dessa vantagem para constrangedores dribles da vaca. Ele mesmo classificou a confusão na troca do comando da Petrobras como "lambança". Os nomes indicados para a presidência da estatal e para a chefia do Conselho de Administração, Adriano Pires e Rodolfo Landim, desistiram porque provavelmente seriam reprovados pela existência de conflitos de interesse. É uma estranha corrida na qual os competidores, em vez da sexta marcha, engatam a marcha-à-ré. Por enquanto, Lula, que lidera, se preserva do rolo. Se não acelera, também não diminui, mantendo sua faixa de 40% das intenções de voto. É provável que nesta semana ou na próxima oficialize sua chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Se o câmbio não encavalar...
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