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O impacto das mudanças demográficas dos estados brasileiros nas eleições 2026

Dados do IBGE mostram que o crescimento populacional recente dos estados ainda é insuficiente para alterar de forma decisiva o peso eleitoral no curto prazo.

Mariana Londres

Mariana Londres

23/12/2025 10:00

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O crescimento populacional mais acelerado em determinados estados pode, por si só, favorecer uma vitória da oposição em 2026?

Para testar essa ideia, os cientistas políticos Arthur Santos Lira e Bernardo Livramento, da Fatto Inteligência Política, reuniram dados do Censo 2022, estimativas populacionais de 2024 e 2025, projeções do IBGE até 2070, além de resultados eleitorais de 2022 por UF, para comparar padrões demográficos e padrões de voto.

O primeiro achado é que, no recorte absoluto (2022-2025), os grandes estados, como SP, MG e BA, são aqueles com as maiores parcelas de crescimento agregado.

No meio da tabela, aparecem alguns estados em posições diferentes, como o Pará, que é o nono estado mais populoso, mas o quinto com maior parcela absoluta de crescimento. Observando os dados percentuais, as maiores taxas de crescimento se concentram nos estados do Norte, além de SC e RJ.

Na maior parte dessas UFs, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu em 2022. Mas o indicador mais importante para avaliar implicações eleitorais é a variação do peso relativo das UFs no total do Brasil (quem ganha participação no país).

Se a hipótese for que "o Brasil está mudando de lugar" , o que importa é se há um deslocamento populacional significativo. Aqui, o resultado é mais sóbrio: existem ganhadores e perdedores de participação, mas, no curto prazo observado (2022-2025), as variações são pequenas em magnitude. Em outras palavras, a direção pode até ser compatível com a hipótese, mas o tamanho do efeito ainda não é definidor para 2026.

É no longo prazo que o exercício ganha um caso realmente estrutural. Entre as projeções do IBGE, Santa Catarina é o principal destaque: o estado tende a subir posições no ranking populacional e pode chegar ao 6º lugar na década de 2050, saindo do patamar atual de 10º.

Essa é, de longe, a transformação demográfica mais relevante do conjunto, porque combina crescimento consistente com mudança de posição relativa — isto é, não é apenas crescer, é crescer mais do que os demais por tempo suficiente para reordenar o ranking nacional. A própria força desse caso, porém, esclarece o limite da explicação para 2026: as mudanças demográficas relevantes se acumulam lentamente.

Se a tese fosse que a demografia impacta de forma relevante 2026, seria necessário observar um deslocamento acelerado do peso relativo das UFs já entre 2022 e 2025, e não é isso que os dados mostram. O padrão existe, mas o ritmo é gradual.

Portanto, apesar de que existe um padrão recente em que os estados que mais crescem percentualmente coincidem, em parte importante, com UFs que votaram em Bolsonaro em 2022, nossa conclusão é que a demografia não decide 2026. Os efeitos mais relevantes das mudanças demográficas recentes serão sentidos nos médio e longo prazo, com Santa Catarina como o caso mais expressivo de mudança estrutural.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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