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O Congresso tomado para si

Num país do futuro, os acionistas de uma importante firma escolheram 594 diretores para o Congresso que tocava os negócios.

Eduardo Fernandez

Eduardo Fernandez

16/12/2021 | Atualizado às 7:12

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Em quase todos os momentos, o partido vencedor na eleição presidencial teve maior força no Congresso. Situação agora mostra parlamento mais dividido. . Foto: Rodrigo Viana/Senado Federal

Em quase todos os momentos, o partido vencedor na eleição presidencial teve maior força no Congresso. Situação agora mostra parlamento mais dividido. . Foto: Rodrigo Viana/Senado Federal
Num país do futuro, os acionistas de uma importante firma escolheram 594 diretores para o Congresso que tocava os negócios. Supunha-se que esses dirigentes definiriam os investimentos em benefício dos acionistas mas, como não viam melhorias na qualidade de vida dos sócios, cada um passou a definir os investimentos a seu bel-prazer. Juntos, aprovaram alterações no estatuto social e "regularizaram" tais aplicações. Assim, achavam-se "no direito" e fingiam não ver a imoralidade e o caráter danoso da prática. Um, dizendo "incentivar os esportes", aprovou a construção de uma piscina no condomínio onde morava. Outro mandou asfaltar a via onde morava a mãe, ou a amante, não ficou bem claro. Um terceiro, justificando que o povo gosta de festa, considerou investimento contratar uma banda para animar a festa de aniversário sua filha, com convidados selecionados. Houve ainda a diretora que destinou os recursos da firma para a saúde; no caso, para uma cirurgia plástica eletiva sendo ela a paciente. Muitos outros seguiram a mesma trilha, que incluía desvios. Especialistas concordavam que os desvios existiam, mas debatiam se alcançavam 10% ou 30% dos gastos, chamados, na novilíngua que grassava, de "investimentos". Assim, a firma não prosperava, mas os diretores, sim. A bem da verdade, nem todos, pois alguns denunciavam os malefícios de tal governança. Também prosperavam alguns clientes e assessores que ajudavam a justificar tais "investimentos" como ganho de imagem para a firma, e os que inventavam argumentos para confundir os acionistas de forma a ganhar seus votos na próxima assembleia geral. Outras firmas, geridas de maneiras diversas, prosperavam. Nessas, os diretores definiam investimentos em prol dos acionistas e de terceiros (trabalhadores, a cidade, o ambiente, a cultura e outros mais). Alguns preferiam chamar tais grupos de stakeholders. O contraste entre firmas era tão evidente que diretores daquela primeira e seus asseclas procuravam responsabilizar, pela desastrosa situação da empresa, ora pretos, ou brancos, ou estrangeiros, ou pessoas trans, ou esquerdistas, ou direitistas, ou centristas, ou dirigentes anteriores, enfim, qualquer bode expiatório possível. Até judeus foram acusados, mas houve recuo em razão das lembranças trazidas por tal acusação. E a firma continuou a não prosperar. Muitos dos seus acionistas, confusos, sem norte e sem perspectivas, progressivamente tentavam alguma participação naqueles desvios, agravando a situação geral. Outros acionistas buscaram se organizar de forma a descartar, na assembleia geral seguinte, aqueles dirigentes que haviam optado por promover e participar das rachadinhas daqueles desvios. Veremos, nos próximos capítulos, o resultado da votação para a assembleia geral seguinte! O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. > Leia outros artigos do autor
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