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Henrique Fróes

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10/9/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 16:53

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Jair Bolsonaro e ministros no ato do Sete de Setembro na Esplanada, em Brasília [fotografo] Alan Santos/PR [/fotografo]

Jair Bolsonaro e ministros no ato do Sete de Setembro na Esplanada, em Brasília [fotografo] Alan Santos/PR [/fotografo]
O vocábulo me veio à boca dias desses e não mais me deixou: "É só mais uma patacoada", comentei com um amigo sobre o então ameaçador 07 de setembro. Não só pelo sentido, mas pela própria sonoridade divertida, essa palavrinha pouco usual desqualifica e ridiculariza como poucas - sem perder a classe, é claro - aquilo a que se refere. Pois bem! Foi ou não foi uma patacoada daquelas o Grito do Ipiranga golpista? O gado compareceu em bom número  ?  meio envelhecido, é verdade, mas com toda a disposição dos verdadeiros patriotas para nos salvar das garras dos perigosos comunistas do STF. Os nacionalistas fizeram questão de levar seus cartazes escritos na língua-pátria, of course, revisados pelo próprio 03 para garantir que não houvesse erros. The hole family vestiu-se de verde e amarelo, fez uma vaquinha para encher o tanque de gasolina e partiu para exercer o inalienável direito democrático de clamar por um golpe de Estado. Quem teve sorte ainda levou para casa uma selfie com o Fabrício Queiroz! Um capitão de verdade Corta para mais uma digressão vocabular: desde a antológica cena de Tropa de Elite, o adjetivo fanfarrão incorporou-se definitivamente ao linguajar contemporâneo. O epíteto lançado pelo Capitão Nascimento é a melhor descrição em uma só palavra da estrela das manifestações de terça-feira. Agora imagine só o caveira ouvindo a história de um sujeito todo metido a valentão que, mesmo armado, ao ser assaltado entrega o ferro e a motocicleta sem disparar um tirozinho? Ou que mete um atestado para fugir de um simples debate durante as eleições? Ele não pensaria duas vezes em tascar-lhe um "O senhor é um fanfarrão!" E lá foi o fanfarrão-mor fazer seu showzinho na patacoada do último 07 de setembro para bradar pela milésima vez o seu "Acabou, porra". A essa altura do campeonato, a intimidação, de tão manjada, já não assusta mais ninguém: Fora do palanque e dos grupos de WhatsApp, o tigrão vira tchutchuca e é incapaz de triscar em um fio de cabelo de Alexandre de Moraes ou de qualquer outro. O BFF de Bob Jefferson só se cresce mesmo para cima das pobres jornalistas que são obrigadas, por dever de ofício, a aguentar seus chiliquinhos diante do menor aperto. Imagina um sujeito desses nas mãos do incensado Brilhante Ulstra? Ele abriria o bico em menos de 5 minutos e revelaria todo o esquema da rachadinha, entregando os filhos, os netos, a mulher, a mãe e a avó. 171 do 142 A patacoada do dia da Independência revelou ao país a nova denominação evangélica do mercado: a Igreja Quadrangular da Constituição do Sétimo Dia. Seu líder, apesar de se embananar com uma soma simples envolvendo números positivos e negativos e confundir Conselho da República com Conselho de Governo, se arvora a ser o intérprete último do texto constitucional. Baseados numa interpretação pouco ortodoxa do versículo 142, ele e seus fiéis prometem instalar aqui na terra a mais perfeita das democracias, uma do tipo que dispensa a existência do Legislativo e do Judiciário e na qual a palavra da Bíblia é seguida à risca. Dizem que até o Talibã ficou com inveja. > Leia mais textos do autor O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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