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Paulo Castelo Branco
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11/7/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:58
Cumprimentei-o com um bom dia, ele fez sinal de ok. Sentei-me ao seu lado onde havia um cinto de mergulho equipado com pequenos bolsos. Abriu um deles e me ofereceu um copo de chá mate e um biscoito Globo.
Disse meu nome, ele respondeu, selva! Eu, pé marrom, indaguei: - Você é militar?
- Fui, respondeu.
- Eu também fui PQD. Abriu um sorriso e iniciamos um bom papo. Disse que foi PQD e chegou a capitão.
- Você mora aqui perto?
- Na Vila Planalto.
- Veio nadando?
- Sim, desde menino nado em mar aberto.
- Eu também. Aí o papo ficou animado. Havíamos vivido próximos na Barra da Tijuca. Relembramos o tempo bom do Rio de Janeiro. Disse que vivia de uma pequena pensão e não precisava de mais nada. Nunca pensou em ser grandes coisas, queria viver livre, andar pelas ruas, comer pastel, beber caldo de cana e falar com as pessoas.
- Sofri uma intervenção cirúrgica que me deixou esta tatuagem horrorosa, mas que convivo bem com ela.
A cicatriz era realmente extensa, mas eu não quis manter o assunto. Falamos de futebol, família, religião e gente.
Afinal, ele abriu o coração e contou-me a sua incrível história de vida. Só acreditei que ele era o presidente, quando alguns jets e um barco da Marinha se aproximaram. Antes de os homens encostarem na ilha, perguntou-me: - O que eu faço?
Faça como eu, nada! E pulamos na água em direção à margem.
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